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O inverno no Brasil começa nesta terça-feira (21/6) e termina no dia 22 de setembro. O fenômeno La Niña continua atuante sobre o clima no país, e vai persistir ao longo da estação, capaz de potencializar as chuvas nas regiões Norte e Nordeste, e reduzi-las no Sul e Sudeste, indica o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

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Inverno começou nesta terça-feira (21) e terá atuação direta do La Niña nas chuvas  (Foto: Pixabay)

 

Com o aumento da chuva no extremo norte, o nível dos rios da bacia amazônica pode ser afetado, enquanto, no Centro-sul, a passagem de frentes frias deve ser mais frequentes, indica a Climatempo. "A maioria das frentes frias serão oceânicas e poucas conseguirão ter influência relevante no interior do país". A redução de chuvas diminui a umidade relativa do ar cai e favorece o aumento da incidência de queimadas e incêndios florestais além do crescimento de doenças respiratórias corrobora o Inmet.

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Já a menor incidência de radiação solar e as entradas frequentes de massas de ar frio, provocam as quedas de temperaturas, principalmente no Sul e Sudeste, que ocasionam geadas, friagem em estados quentes como Mato Grosso, Rondônia, Acre e Amazonas e até podem causar até neve em áreas serranas e planaltos do Sul. Saiba como vai ser o inverno em 2022 em cada região do país.

Sul

A previsão é de chuvas dentro ou abaixo da média ao longo da estação. "Em julho, chove um pouco acima do normal no litoral do Paraná, no litoral de Santa Catarina e no vale do Itajaí", destaca a Climatempo. Em agosto, apenas pequenas áreas no sudoeste gaúcho podem ter volumes acima do normal e em setembro o extremo sul gaúcho deve ter chuva dentro ou um pouco acima do normal.

Em relação à temperatura, mesmo com as frequentes passagens de frentes frias, a região terá um inverno dentro da normalidade em julho e até possivelmente acima do normal durante agosto e setembro.

De acordo com a Climatempo, o sul estará sujeito à geadas ao longo de toda a estação, com os eventos mais intensos e abrangentes em julho. "As fortes ondas de frio poderão provocar geada ampla, de moderada a forte intensidade em várias áreas dos três estados da Região Sul". Há chances para a ocorrência de neve também em julho, completa o boletim.

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Centro-Oeste

 

Dias ensolarados, temperaturas amenas a noite, tardes quentes e chuvas raríssimas. Esse deve ser o inverno no Centro-Oeste. O estado com maiores tendências para chuva na região é o Mato Grosso do Sul, já que sofre influência das frentes frias vindas do Sul. Por outro lado, "muitas áreas da Região Centro-Oeste podem passar todo o inverno sem registrar nenhuma precipitação. Essa é uma situação comum da estação".

O volume de chuva deve ficar dentro ou abaixo do normal nos três meses. A umidade do ar se mantém baixa, podendo registrar consecutivamente níveis entre 20% e 30%, danosos à saúde. "Apenas durante o mês de setembro, a previsão é de que chuva um pouco acima da média no oeste, centro e leste de Mato Grosso do Sul e na porção oeste e sudoeste de Mato Grosso", informa a Climatempo.

Em julho, o ar polar pode influenciar e manter o tempo abaixo do normal no Mato Grosso do Sul, no oeste e sul de Mato Grosso e também nas áreas no sul e sudeste de Goiás. Nas demais áreas do Centro-Oeste, a temperatura fica dentro ou acima do normal. Na segunda quinzena de setembro, há possibilidades para ondas de calor que vão proporcionar dias muito quentes nos estados.

Em relação à geada, em julho, existe possibilidade remotas para áreas no Mato Grosso do Sul, enquanto áreas do sul de Goiás e oeste e sul de Mato Grosso ficam em estado de atenção para frio intenso esporádicos.

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Sudeste

 

 

Assim como no Centro-Oeste, o inverno corresponde ao período seco no Sudeste, especialmente no norte de Minas Gerais. A previsão do Inmet é que a estação tenha chuvas abaixo do normal, mas com destaque para possíveis chuvas no litoral dos estados, ocasionadas pelas passagens frequentes de frentes frias.

As temperaturas vão permanecer acima da média em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo. Por outro lado, as frequentes entradas de massas de ar frio vindas do Sul vão fazer com que as temperaturas oscilem, mantendo possibilidades para a ocorrência de geada em áreas de altitude elevada.

"Durante o mês de agosto, ainda há expectativa de pelo menos uma massa de ar frio de origem polar com forte intensidade, suficiente para provocar condições para geada em áreas do Sudeste", informa o boletim da Climatempo.

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Nordeste

Com a atuação do fenômeno La Niña, a previsão é de chuva acima da média histórica no Nordeste brasileiro, principalmente próximo ao litoral, ao longo do inverno. Outro fator que contribui para a previsão é o "padrão de águas mais aquecidas próximo à costa", informa o Inmet. "No oeste da Bahia e no sul do Piauí e do Maranhão, as chuvas poderão ser próximas da média, sendo que estas áreas já se encontram em seu período menos chuvoso", completa. A previsão também indica que ao longo dos próximos três meses haverá o predomínio de temperaturas próximas e acima da média na maioria dos estados nordestinos.

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Norte

 

Assim como no Nordeste, o Norte terá interferência do La Niña para as chuvas. A previsão climática do Inmet indica maior probabilidade que as chuvas ocorram acima da média climatológica, com destaque para o extremo norte da região. "Em áreas do sul do Pará e do Tocantins, existe uma tendência de chuvas próximas e abaixo da média", pondera.

A temperatura do ar deverá permanecer acima da média em grande parte da região ao longo da estação. Vale lembrar que, as condições de falta de chuvas no sul da Amazônia, que são comuns nos meses de julho a setembro, somadas às altas temperaturas e baixa umidade relativa do ar, favorecem a incidência de queimadas e incêndios florestais, alerta o Inmet. Ainda sim, existem possibilidades para eventuais frianges, devido à passagem de massas de ar frio continentais.

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Source: Rural

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