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Com menor poder de compra e a inflação alta, mais da metade dos brasileiros já cortou a carne do seu cardápio nos últimos três meses, segundo pesquisa divulgada recentemente. Diante deste cenário, defensores da alimentação sem proteína animal fizeram um levantamento da diferença de valor ao preparar uma refeição apenas de base vegetal, mas mantendo os mesmos padrões nutricionais. E concluíram que pode ser até 60% mais barato.

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Os dados foram divulgados pela organização não-governamental Mercy for Animals (MFA), que defende a alimentação de base vegetal e presta consultoria a empresas que pretendem consolidar marcas ou entrar neste mercado. De acordo com os responsáveis pelo levantamento, foram analisados os valores de uma refeição com feijão carioca, arroz branco, cenoura com abobrinha, salada de alface, tomate e beterraba e laranja como sobremesa. A carne moída foi substituída por um hambúrguer de feijão.

A maior diferença, de 60%, foi verificada no município de São Paulo. Com a carne moída, o prato custaria R$ 7,81. Sem a carne, R$ 3,14. No Rio de Janeiro, o preço passou de R$ 6,27 para R$ 3,96, diferença de 58%. Em Belo Horizonte, de R$ 8,67 para R$ 3,96 (-54%) e em Recife, de R$ 5,17 para R$ 3,15 (-39%). Em um período de 30 dias, a diferença de valor com a substituição é calculada em R$ 141,30 em Belo Horizonte, R$ 140,10 em São Paulo, R$ 108,30 no Rio de Janeiro e R$ 60,60 no Recife, conforme a pesquisa.

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Bruna Nascimento, nutricionista e especialista sênior em Políticas Alimentares da MFA, afirma, em nota, que o uso de feijão ou outras leguminosas, como lentilha e grão de bico pode ser uma saída para a população manter o consumo de nutrientes como proteína e ferro em níveis adequados.

Segundo a nutricionista, uma concha grande ou sete colheres de sopa de feijão têm o mesmo nível nutricional de uma fatia de 100 gramas de carne. E a leguminosa pode ser preparada ainda em outros formatos, como hambúrguer, almôndega ou patê.

“Ao fazer essa substituição, também vale a pena atentar ao consumo de algum alimento rico em vitamina C junto ou logo após as refeições. Isso ajuda a aumentar a absorção do ferro presente nos feijões”, alerta a nutricionista, ressaltando que isso vale para o consumo de frutas e suco natural.

Pesquisa foi feita comparando uma referição com carne moída e outra em que o ingrediente era substituído por um hambúrguer à base de feijão (Foto: Embrapa)

 
Source: Rural

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