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O milho é um cereal muito importante na cultura e na agricultira do Brasil. Alimento celebrado, principalmente, na época das festas juninas, representa também 40% da safra total nacional de grãos. O delicioso ingrediente, que é base do preparo de bolos, curau, pamonha, broa, canjica, e tantas outras receitas, tem também diversos nutrientes importantes para a saúde, além de ser boa fonte de energia. Cultivado há mais de 7 mil anos, o milho carrega tradição e curiosidades que nem todos conhecem. Confira a seguir  a origem e outro fatos sobre o milho. 

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(Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

 

 

Origem do milho

 

O milho é um cereal nativo do continente americano e sua produção começou nas pequenas ilhas próximas ao litoral do México. Segundo o artigo dos pesquisadores da Universidade do Estado da Flórida, publicado na revista Pnas, seus primeiros sinais de cultivo possuem mais de 7,3 mil anos.

Na cultura indígena caribenha seu nome significa “sustento da vida”. E, conforme indicam os registros arqueológicos, o cereal servia como base para a alimentação das civilizações pré-colombianas, entre elas os maias, astecas e incas.

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De acordo com a Embrapa, há aproximadamente 4 mil anos, o milho se espalhou pelas terras baixas da América do Sul. Há, ainda, evidências genéticas e arqueológicas de que o cultivo do milho se expandiu para o leste, a partir dos Andes em direção ao Atlântico, há cerca de mil anos.

A expansão para as outras partes do mundo aconteceu no período de colonização do continente americano, com as chamadas “grandes navegações” realizadas durante o século XVI. Foi a partir da chegada de Cristóvão Colombo que o milho seguiu em direção a Europa, onde além de ser tornar alimento das populações mais humildes, também servia como ração animal.

Chegada ao Brasil

Grãos de milho na mão com saco carregado ao fundo (Foto: Guilherme Viana)

 

Ao que tudo indica, o milho chegou ao Brasil bem antes do descobrimento. O cereal estava muito presente na alimentação dos povos indígenas, principalmente guaranis. Com a chegada dos portugueses, vieram novas formas de consumo e os produtos à base de milho passaram a fazer parte da alimentação.

Segundo informações divulgadas pela Associação Brasileira de Indústrias do Milho – Abimilho, no final da década de 50, o consumo do milho começou a dar lugar ao trigo. No entanto, a partir da segunda metade do século XX, a busca pelo milho voltou a subir. A evolução da agricultura e o desenvolvimento de espécies híbridas ajudou a aumentar a produtividade e a qualidade do milho brasileiro.

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Benefícios do milho para a saúde

Atualmente, existem cerca de 150 espécies de milho, com diferentes cores  e formato dos grãos. O milho também é conhecido em diferentes culturas como choclo, jojoto, corn, maíz e elote. A planta, que faz parte da família Poaceae (antiga Gramínea, pode alcançar até 2,5 metros de altura.

Curau de milho (Foto: Divulgação/Receita de Vovó)

 

A melhor época para o plantio varia conforme as características, solo e temperatura de cada região. Segundo a Embrapa, no sul do Brasil, o milho costuma ser plantado de agosto a setembro, já nos estados do Centro-Oeste e do Sudeste, a época de semeadura varia de outubro a novembro.

O valor nutricional do milho o coloca à frente de cereais como trigo e arroz, por exemplo. Por ser menos processado, consegue manter nutrientes importantes para a saúde, como vitaminas A e B, fibras e minerais.

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O consumo do milho ajuda a controlar o açúcar no sangue, reduz o colesterol, favorece o intestino e, por ser rico em carboidratos, também fornece energia ao organismo. Muito presente na alimentação dos brasileiros, aparece principalmente em saladas, sopas, bolos, tortas, polenta e pamonha. Também pode ser usado como componente para a produção de balas, geléias, sorvetes, maionese e até bebidas como a cerveja.

Outros usos do milho

O Sindicato da Indústria do Milho, Soja e seus Derivados no Estado de São Paulo – Sindmilho & Soja avalia que, no Brasil, 65% do milho é utilizado na alimentação animal, e 11% é consumido pela indústria com diversas finalidades.

Etanol de milho (Foto: Getty Images)

 

Quando se fala em indústria, vale destacar que não se trata apenas do setor alimentício. O milho também é muito usado para produzir elementos espessantes e colantes, além de servir como ingrediente para a produção de óleos e de etanol, que é usado como aditivo na gasolina.

Por ser um grão versátil, seus compostos podem aparecer em medicamentos, cosméticos, tecidos, resinas, produtos de limpeza, plásticos, pneus, tintas e até fogos de artifício.

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Produção de milho no Brasil

Para a safra de grãos 2021/22, a Conab estima uma produtividade superior à do ano passado. O esperado é uma produção de 115,6 milhões de toneladas de milho, o que significa um volume 32,7% superior ao ciclo anterior.

A falta de chuvas no Sul resultou na queda de 15% da produção da região, ao longo da primeira safra do ano. No entanto, a Conab projeta um aumento de 36,3% de rendimento durante a segunda safra, o que indica uma produção de 88,5 milhões de toneladas do cereal no segundo ciclo.

*Com informações de: Embrapa, Conab, Sindmilho & Soja e Abimilho

Lavoura de milho em Itajaí (Foto: REUTERS/Marcelo Rodrigues Teixeira)

 

 

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Source: Rural

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