A colheita da segunda safra de milho, também conhecida como "safrinha", já começou no Brasil em ritmo acelerado. Um levantamento da consultoria AgRural divulgado na segunda-feira (6/6) indica que 3% das lavouras da região centro-sul, onde está concentrada a produção de milho safrinha, já foram colhidas até a última quarta-feira (1/6); o número está ligeiramente à frente da média histórica, segundo a empresa.
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Lavoura de milho atingida pela seca (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian/File Photo)
Paraná e Mato Grosso deram a largada com os trabalhos no campo, mas, nesses dois estados, existem situações bem diferentes e opostas. No Paraná, tem fazenda que não está conseguindo colher porque tem chovido muito nos últimos dias e isso impede a entrada das máquinas. Em Mato Grosso, o problema é a falta de chuvas, que, inclusive, comprometeu o potencial produtivo do estado, que é o maior produtor brasileiro de milho.
Essa escassez hídrica já fez o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea) diminuir a expectativa de produção do grão no Estado. Mas, como a área do milho aumentou neste ano e a produtividade prevista ainda é superior a do ano passado, por enquanto, tudo indica que a safra vai ser grande.
Vale lembrar que o milho que está tendo problema agora – principalmente em Mato Grosso – foi plantado um pouco fora da janela ideal, entre janeiro e fevereiro. Isso fez com que ele ficasse menos produtivo por conta do clima.
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Nessa segunda-feira, as cotações do Milho subiram na Bolsa de Chicago. Um dos motivos foi a notícia de novos bombardeios russos em território ucraniano. O mercado entende que esse ataque é um sinal de que a Rússia não pretende colaborar com os embarques de grãos (como milho e trigo) que estão represados na Ucrânia.
Além disso, seria uma maneira de Vladimir Putin, presidente da Rússia, reagir às sanções do Ocidente, evitando o fluxo desses grãos e fazendo os preços de alimentos continuarem subindo, ou seja, causando inflação para todos.
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Source: Rural