O cavalo friesian é originário da Friesland (Frísia), uma região localizada no litoral norte dos Países Baixos. Também chamado de cavalo frísio, chama atenção principalmente por sua postura imponente, pelo preto e crinas voluptuosas, longas e sedosas. Por ser uma raça inteligente e dócil, é muito usada no adestramento clássico e circense e equitação. No Brasil, um exemplar adulto pode custar até R$ 500 mil.
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(Foto: Creative Commons)
Origem da raça friesian
Os cavalos da raça friesian, também chamados de frísio, têm origem no litoral norte dos Países Baixos. Acredita-se que a raça seja uma das mais antigas da Europa, pois seus primeiros registros apareceram no século XVI, ainda no período da Idade Média. Naquela época, a espécie era muito usada tanto para a batalha, quanto para o trabalho.
No começo do século XX, por conta da guerra, a raça quase foi extinta. A restauração foi possível a partir do empenho de alguns criadores para salvar os três garanhões que sobreviveram ao período.
A raça friesian no Brasil
(Foto: Creative Commons)
Os primeiros cavalos da raça friesian chegaram ao Brasil em 2005. Alguns anos depois, com o objetivo de desenvolver a criação da raça no território nacional, o engenheiro agrônomo, juiz e treinador internacional, André Gang, trouxe um número considerável de éguas e garanhões da Holanda.
Para driblar os principais desafios da adaptação da raça, André conta que foi necessário realizar um ajuste de tecnologia de criação mas, ainda assim, o processo foi complicado.
“O friesian tem peculiaridades físicas que precisam ser adaptadas. Por causa do clima úmido, tende a desenvolver micoses nos membros inferiores. Além disso, as éguas importadas, muitas vezes, não têm uma fertilidade alta, o que é uma característica da raça. O sêmen dos machos não é tão bom”, explica.
Segundo Ganc, o primeiro ano do animal no solo brasileiro tende a ser conturbado, pois o calor também afeta o seu condicionamento físico. No entanto, os animais nascidos no Brasil têm uma performance melhor, garante o especialista.
Os preços dos exemplares da raça podem variar. Os potros no desmame custam entre R$ 30 e 50 mil. Já os adultos chegam a custar de R$ 100 a R$ 500 mil.
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Principais características e usos do friesian
Cavalos frísios (Foto: Divulgação/ Janne e Ricardo Zaviasky)
A raça transmite elegância e imponência. A cor negra ou castanha bem escura sem manchas é uma das suas principais características. “Possui pêlos longos na crina e nas patas, pescoço vertical e tem uma tendência de passada altiva, com bastante joelho”, pontua.
É um cavalo corpulento. Seu tamanho varia entre 1,65 m e 1,75 m e o peso que pode chegar a uma tonelada. Apesar de forte e robusto, é um cavalo de temperamento dócil.
“Pelo mundo, a espécie costuma ser usada para atrelagem, adestramento clássico e equitação de lazer. No Brasil também entra a equitação circense”, complementa.
Principais cuidados com a raça
cavalo friesian (Foto: Creative Commons)
Segundo André, é um animal que comumente tem vísceras delicadas, ou seja, possui coração e pulmão menores. “Por isso, ele precisa ser treinado com muito cuidado e observação da respiração. Se o cavalo ficar ofegante, pode estar tendo privação de oxigênio e ir a óbito”, destaca.
A atenção à respiração também pode evitar insuficiência cardíaca. Além disso, o cuidado com a alimentação também é fundamental para a saúde do animal, principalmente por se tratar de uma raça que costuma ter problemas digestivos, como gastrite, úlcera e cólica. “Por último, é o cuidado de secar bem as patas depois de lavar o cavalo para evitar o desenvolvimento de fungos e micoses”, acrescenta.
Processo de aprovação do friesian
O processo de aprovação de garanhão é muito rígido. André Ganc explica que a duração é de 70 dias e que, nesse período, os cavalos vão para os centros de verificação e passam por diferentes etapas. No final dos testes vem a resposta dizendo se o cavalo foi ou não aprovado como garanhão.
De acordo com a Associação Brasileira de Criadores do Cavalo de Hipismo – ABCCH, em todo o mundo e por ano, apenas de 1 a 4 garanhões conseguem obter a licença para reprodução.
“Se o cavalo não passa nos testes não significa que não pode ter filhotes. Sim, pode. O que acontece é que o filhote receberá o atestado de puro, mas não do livro principal”, completa André Ganc.
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Source: Rural