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A GranBio, pioneira em etanol de segunda geração (E2G) no Brasil, iniciou um processo de investimento para dobrar a capacidade de produção de combustíveis avançados na BioFlex, unidade do grupo em São Miguel dos Campos (AL), disse o CEO e fundador da empresa à Reuters. Segundo Bernardo Gradin, a Bioflex terá sua capacidade de produção elevada para 60 milhões de litros até 2024, e parte dessa expansão poderá ser convertida para a fabricação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês), cuja matéria-prima, assim como a do E2G, é composta por biomassa, como resíduos agrícolas.

"Paralelamente, a GranBio está concluindo uma planta piloto integrada de 2G SAF com parceiros em sua unidade de Thomaston na Geórgia (EUA), e considera converter parte da produção da planta BioFlex I em SAF no futuro", afirmou Gradin. Ele preferiu não mencionar os investimentos realizados nas unidades.

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Usina de etanol celulósico da GranBio (Foto: Divulgação/GranBio)

 

Tanto o etanol 2G como o SAF estão despertando interesse de players no Brasil, país que tem grande potencial de desenvolver tais combustíveis avançados, já contando com demanda especialmente na Europa.

Recentemente, o CEO da Raízen, Ricardo Mussa, afirmou que a companhia deverá acelerar o plano de expansão de unidades de etanol 2G, uma vez que os preços e contratos de longo prazo dão segurança para tais investimentos. A Raízen, joint venture da Cosan com a Shell, possui uma unidade de E2G em operação e outras três em construção no Brasil.

No que diz respeito ao SAF –outro foco de interesse da GranBio–, a Vibra Energia e a Brasil BioFuels (BBF) anunciaram recentemente um empreendimento previsto para a região Norte, que deve contemplar também o chamado "diesel verde". O SAF é visto como uma alternativa para descarbonizar a aviação comercial.

Patente validada

Os comentários do CEO da GranBio ocorrem no mesmo dia em que a companhia anunciou ter obtido a validação de patente para produção de etanol 2G por países europeus. A confirmação da patente, disse a empresa, permitirá o licenciamento da tecnologia e o desenvolvimento projetos de engenharia e construção de plantas.

A tecnologia patenteada GP3+® da GranBio converte biomassa lignocelulósica não-alimentar em biocombustíveis renováveis ​​de baixo carbono. Para licenciar essa tecnologia em todo o mundo, em 2020, a GranBio anunciou uma parceria com a NextChem, subsidiária da Maire Tecnimont S.p.A. na Itália, que atua na área de tecnologias de transição de energia.

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"Estamos comprometidos em ser um facilitador relevante das cadeias de valor NetZero, de biomassa a biocombustíveis avançados, como etanol 2G e SAF 2G e bioquímicos. A validação de nossas patentes GP3+ na Europa representa um passo importante para nosso plano de acelerar nosso licenciamento de tecnologia na região", disse Gradin.

A tecnologia desenvolvida pela GranBio para produzir etanol 2G já foi implantada na unidade de São Miguel dos Campos.
Source: Rural

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