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O PIB da Agropecuária teve retração no primeiro trimestre de 2022, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na contramão do resultado geral da economia brasileira no período. Os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil referente ao período de janeiro a março deste ano foram divulgados nesta quinta-feira (2/6).

Em números absolutos, a soma das riquezas geradas pelo setor somou R$ 183,6 bilhões. Em comparação com os últimos três meses de 2021, a queda foi de 0,9%. Foi o único segmento entre os analisados com desempenho negativo. Os serviços cresceram 1% e a indústria ficou praticamente estável, com alta de 0,1% na mesma comparação.

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A queda mais significativa da agropecuária foi verificada na comparação com o primeiro trimestre de 2021: 8%. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o desempenho é explicado pelo resultado negativo de culturas agrícolas relevantes para o período. Com base nos dados do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA), feito pelo próprio IBGE, a produção de soja teve queda de 12,2%; a de arroz, 8,5%; a de fumo, 7,3%; e a de mandioca teve baixa de 2,7%.

"Já o milho, que também tem safra relevante no trimestre, apontou ganho de produtividade e crescimento na produção anual, estimado em 27,5%. Cabe ressaltar que a estimativa da Pecuária demonstrou bom desempenho no decorrer do primeiro trimestre do ano, com destaque para os bovinos", destaca o comunicado do IBGE.

No acumulado dos últimos 12 meses encerrados em março deste ano, o PIB da Agropecuária teve retração de 4,8%. No período, foi o único setor com desempenho negativo. A indústria teve alta de 3,3% e os serviços registraram expansão de 5,8%.

Milho teve desempenho positivo, mas não foi suficiente para evitar a retração do setor agropecuário no primeiro trimestre de 2022, de acordo com o IBGE  (Foto: Getty Images)

 

Serviços puxam alta do PIB

No geral, o Produto Interno Bruto do Brasil cresceu 1% no primeiro trimestre em relação ao quarto trimestre de 2021. Além de expansão dos serviços e estabilidade no desempenho da indústria nesta comparação, o IBGE registrou alta de 0,7% no consumo das famílias e um consumo do governo praticamente estável, com alta de 0,1%.

Já na comparação com o primeiro trimestre de 2021, a soma de todos os bens e serviços gerados pela economia brasileira teve expansão de 1,7%. O resultado foi puxado pelos serviços, que cresceram 3,7%. O consumo das famílias aumentou 2,2% e os gastos do governo aumentaram 3,3% no período, enquanto a indústria teve retração de 1,5%.

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No acumulado dos últimos 12 meses terminados em março deste ano, o PIB cresceu 4,7%, também puxado pelo setor de serviços, que cresceu 5,8%. A indústria teve expansão de 3,3%. O consumo das famílias aumentou 4,6% e o consumo do governo teve expansão de 3,8%.

A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que mede o nível de investimentos no país, teve queda de 3,5% na comparação do primeiro trimestre de 2022 com o quarto trimestre de 2021. Em relação ao primeiro trimestre do ano passado, houve baixa de 7,2%. No acumulado de 12 meses, no entanto, houve expansão de 10,1%.

No primeiro trimestre, a taxa de investimentos (relação entre a Formação Bruta de Capital Fixo e o Produto Interno Bruto) foi de 18,7%. O indicador foi menor que o registrado no primeiro trimestre de 2021, quando a FBCF foi equivalente a 19,7% do PIB.
Source: Rural

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