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Confira os destaques desta terça-feira (31/5)

Destaques do Dia (Foto: Estúdio de Criação)

Importação de milho

A indústria de carnes da região Sul, principal consumidora de milho para ração no Brasil, está elevando as compras externas do cereal vindo do Paraguai. A manobra é uma alternativa para driblar os altos custos de produção, e no país vizinho o grão já é encontrado a preços mais competitivos, conforme membros do setor e analistas ouvidos pela Reuters. Os preços locais do milho foram impulsionados pela guerra na Ucrânia e pelas expectativas de maior exportação do Brasil, caso se confirme um recorde de produção na segunda safra. A Cooperativa Central Aurora Alimentos, terceira maior processadora de aves e suínos no Brasil, disse à Reuters que irá comprar milho do Paraguai.

O milho exportado pelo Paraguai está cotado em torno de 230 a 235 dólares por tonelada na fronteira, mais frete de 5 dólares (Foto: REUTERS/Carlos Garcia Rawlins)

Feijão com resíduo de agrotóxico

Uma carga de 4,2 mil toneladas de feijão-caupi foi apreendida, em Campo Novo do Parecis (MT), com resíduos de um herbicida cuja aplicação é proibida para a cultura. De acordo com o Ministério da Agricultura (Mapa), que realizou a ação junto como Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (Indea-MT), é o maior volume de comercialização suspensa de forma cautelar pelas autoridades. Segundo o Mapa, a mercadoria apreendida é da safra 2021 e equivale a 140 carretas carregadas. A ação foi feita depois da investigação sobre a origem do feijão-caupi contaminado com o resíduo do herbicida em atacadistas e distribuidores do produto.

Feijao, fiscalizacao (Foto: Mapa)

Procura por bioinsumos

A disparada de preços dos fertilizantes e dos defensivos agrícolas tem acelerado a procura por bioinsumos. A tendência, segundo os fabricantes, já era crescente em razão do avanço dos princípios da sustentabilidade no agronegócio por conta de questões climáticas e ambientais. Mas ganhou um fôlego extra nos últimos meses, o que fez indústrias ampliarem a capacidade de produção. Bioinsumos são microrganismos usados para controlar pragas e doenças nas plantas e, com isso, é possível reduzir o uso e o gasto com adubação. 

Aumento nos preços de fertilizantes está levando a uma busca maior pelos bioinsumos (Foto: Divulgação/Unigel)

Custo de produção da soja

O custo de produção da soja no Brasil quase dobrou em comparação com a safra anterior. Segundo levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), no ano passado, o produtor de soja gastava, por hectare, R$ 770 com fertilizantes e, hoje, gasta R$ 2.558; com sementes, o gasto saltou de R$ 320 para R$ 809. Além disso, houve aumento nos defensivos agrícolas e no diesel para transporte dos produtos. Ao todo, o custo de produção operacional do produtor de soja em Mato Grosso saiu de R$ 3.500 por hectare para R$ 6.700, um aumento de 91%. Enquanto isso, os preços da soja também subiram, mas não na mesma proporção, de R$ 100 em média por saca, para R$ 160.

Soja (Foto: REUTERS/Jorge Adorno)

Licenças de pescadores são suspensas

O Ministério da Agricultura informou ter determinado a suspensão de 12,763 mil licenças de pescadores profissionais inscritos no Registro Geral de Atividade Pesqueira (RGP). A decisão foi publicada no Diário Oficial da União (DOU). Em nota, a pasta informou que a finalidade da medida é checar a veracidade de informações constantes no cadastro e evitar prejuízos com eventuais irregularidades no recebimento de benefícios concedidos à categoria. O cadastro no Registro Geral de Atividade Pesqueira é condição para o recebimento, por exemplo, do seguro defeso, pago aos pescadores durante o período de reprodução dos peixes, quando a pesca é proibida. Segundo o Ministério da Agricultura, o governo vem trabalhando desde 2019 na detecção de irregularidades nos registros de pescadores.

Quem tiver a licença suspensa e comprovar que seu cadastro é regular, tem a autorização reativada pelo Ministério da Agricultura(Foto: Léo Caldas)

Bahia Farm Show foca na inovação

Começou, nesta terça-feira (31/05), uma das feiras de tecnologia mais importantes do agro brasileiro: a Bahia Farm Show. Depois de dois anos com os portões fechados, o evento vai medir o interesse e o poder de compra de milhares de produtores rurais, não só da Bahia, mas do chamado MATOPIBA (região que engloba os estados de Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia). A expectativa da organização é de movimentar cerca de R$ 2 bilhões em negócios, mas, se o resultado dessa feira repetir o fenômeno registrado em outros eventos do tipo já realizados neste ano no Brasil, o valor pode ser bem maior.

A Bahia Farm Show é realizada no município de Luís Eduardo Magalhães (BA) e os ingressos podem ser comprados online pelo site do evento (Foto: Divulgação/Bahia Farm Show)

Mercado de carbono

Apesar de reconhecer os esforços do governo federal em sinalizar avanços para o mercado regulado de carbono, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) teceu críticas ao texto do decreto (11.075/22) que cria os mecanismos para a criação do mercado de carbono brasileiro. O texto contempla questões como a definição de metas setoriais e a criação do Sistema Nacional de Redução de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Sinare), uma espécie de registro centralizado de projetos de mitigação de emissões, créditos de carbono e transações. Na avaliação da entidade, regulamentar esse mercado da forma como o governo está fazendo pode trazer insegurança jurídica.

Árvores em sistema ILPF (Foto: Marcelo Min/Fotogarrafa/Ed. Globo)

Balança comercial paulista

A balança comercial do agronegócio paulista registrou superávit de US$ 5,67 bilhões nos primeiros quatro meses deste ano, representando aumento de 33,7% em comparação com igual período de 2021 (US$ 4,24 bilhões). O desempenho é resultado de aumento de 26,1% nas exportações no período (para US$ 7,30 bilhões), o que compensou a alta de 5,2% nas importações (para US$ 1,63 bilhão). O levantamento é do Instituto de Economia Agrícola (IEA-Apta), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo. Os cinco principais grupos nas exportações do agronegócio paulista de janeiro a abril de 2022 foram: complexo sucroalcooleiro (US$ 1,82 bilhão); complexo soja (US$ 1,43 bilhão); setor de carnes (US$ 1,15 bilhão) e produtos florestais (US$ 825,93 milhões).

Agricultor em plantação de soja no Brasil (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 

 
Source: Rural

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