O avanço da colheita da safra 2022/2023 de café robusta, que ganhou ritmo em maio, sobretudo na segunda quinzena, pressionou os preços do café robusta em maio, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP).
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(Foto: Ernesto de Souza/ Ed. Globo)
Os dados levantados pelo Cepea juntos aos colaboradores indicam que de 40% a 50% da produção esperada havia sido colhida em Rondônia até o fim do último mês. No Espírito Santo, o volume colhido está entre 15% e 25% do total.
Os pesquisadores do Cepea observam que, no geral, quantidade de café novo disponível no mercado spot nacional ainda é baixa, uma vez que a maior parte dos vendedores segue afastada das negociações.
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Mesmo assim, dizem eles, os preços do robusta recuaram em maio. Entre 29 de abril e 31 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do tipo 6, peneira 13 acima, caiu R$ 83,73/saca (-10,57%), fechando a R$ 708,25/saca na terça-feira, 31. “Além da pressão da safra, os valores externos do robusta também recuaram em parte do mês, influenciando as cotações domésticas.”
Os levantamentos do Cepea mostram que os preços do café da variedade arábica oscilaram com força em maio. “No início do mês, os valores foram pressionados por movimentos técnicos, incertezas relacionadas à demanda global e pelo início da colheita da safra 2022/23.”
Na segunda semana de maio, as cotações do arábica subiram, impulsionadas por correções e por preocupações com a chegada de uma forte onda de frio no Brasil, com a possibilidade de geadas. Entre 29 de abril e 31 de maio, o Indicador CEPEA/ESALQ do arábica tipo 6 registrou avanço de 0,45%, fechando a R$ 1.273,07/saca no dia 31.
Source: Rural