O clima finalmente deu uma trégua aos agricultores dos Estados Unidos e o plantio da nova safra de grãos do país conseguiu deslanchar nas últimas semanas, embora continue atrasado. Até o momento, as sementes de milho ocuparam 72% da área, a média para este período é de 79% e, no ano passado, o plantio estava bem mais adiantado, com 89% da área atingida já na quarta semana de maio.
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Produtor colhendo milho no Texas, EUA (Foto: REUTERS/Adrees Latif)
Como existe um prazo para se plantar cada produto, baseado no regime de chuvas, e esse limite está cada vez mais apertado para o milho, há quem diga já no mercado que o cereal pode perder um pouco de espaço para soja nos Estados Unidos, já que a commodity pode ser plantada mais tarde em algumas regiões.
No caso da soja, as plantadeiras conseguiram concluir o trabalho de semeadura em 55% do terreno total a ser cultivado nesta temporada, mas o plantio também está atrasado em 5 pontos para baixo da média dos últimos anos e bastante atrás dos 73% registrados no ano passado.
É importante acompanhar a evolução do plantio nos Estados Unidos, porque a safra do país é referência para os preços dos produtos no mundo inteiro. Isso fica ainda mais em destaque hoje, em um momento no qual o mundo segue muito apreensivo especialmente com a oferta de soja, milho e trigo, produtos que influenciam os preços de diversos alimentos.
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Então, se a safra vai bem nos Estados Unidos, os preços tendem a ficar mais acomodados ou até a baixar. Mas se os americanos tiverem problemas com a colheita, abre-se espaço para mais alta nos preços dos alimentos.
Com a notícia da evolução no plantio publicada nessa segunda-feira (23/05), a possibilidade da soja ganhar mais área e a produção ser maior do que o esperado fez com que o preço do produto caísse. Por outro lado, com o cenário de perda do milho, o valor do cereal subiu na Bolsa de Chicago.
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Source: Rural