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O presidente Jair Bolsonaro chamou nesta sexta-feira o bilionário norte-americano Elon Musk de "mito da liberdade" e disse que o anúncio do empresário de que compraria o Twitter foi como um "sopro de esperança". "Hoje em dia poderíamos chamá-lo de mito da liberdade. É aquilo que nos fará falta para qualquer coisa que, por ventura, possamos pensar para o futuro", disse Bolsonaro, falando ao lado de Musk durante evento com empresários sobre conectividade na Amazônia, em um hotel de luxo em Porto Feliz, interior de São Paulo.

"O exemplo que nos deu há poucos dias, ao anunciar a compra do Twitter, para nós foi como um sopro de esperança", acrescentou o presidente. O evento sobre conectividade na Amazônia e o encontro com Musk, que é presidente-executivo da fabricante de carros elétricos Tesla e da empresa espacial SpaceX, não constaram da agenda oficial pública de Bolsonaro para esta sexta-feira.

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O presidente fez das redes sociais uma ferramenta crucial na campanha que o elegeu em 2018, e o Twitter é parte importante de sua estratégia de comunicação. Críticos de medidas da rede social para moderar o conteúdo na plataforma, Bolsonaro e seus apoiadores saudaram a possibilidade de Musk, que tem mudado seu posicionamento ideológico em direção à direita, comprar o Twitter.

Na quarta-feira, Musk afirmou em um tuíte que anteriormente havia votado no Partido Democrata, do atual presidente dos EUA, Joe Biden, mas que agora votará no Partido Republicano, do ex-presidente Donald Trump, de quem Bolsonaro é fã declarado.

"No passado eu votei nos democratas, porque eles eram (em sua maioria) o partido da bondade. Mas eles se tornaram o partido da divisão e do ódio, então não posso mais apoiá-los e votarei nos republicanos", escreveu Musk.

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Mais cedo, o ministro das Comunicações, Fábio Faria, disse em sua conta no Twitter que Musk viria ao Brasil para discutir conectividade na Amazônia com autoridades do governo brasileiro. O bilionário se reuniu com Faria em novembro, nos EUA, e na ocasião os dois discutiram o uso da tecnologia da SpaceX para levar internet a escolas de áreas rurais e para ajudar a combater o desmatamento da Amazônia.

Atualmente, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao governo federal, monitora o desmatamento da floresta por satélites, incluindo alertas em tempo real. No passado, Bolsonaro questionou, sem apresentar evidências, a confiabilidade dos dados do Inpe, após o instituto apontar crescimento do desmatamento da Amazônia, gerando pressão internacional sobre seu governo.

Em sua fala, Bolsonaro não detalhou como Musk e suas empresas poderiam ajudar a combater a destruição da floresta, que tem registrado recordes recentes, mas disse que conta com o bilionário norte-americano para levar ao mundo o que ele afirmou ser a verdade sobre a Amazônia.

"A questão da Amazônia para nós é muito importante. Nós pretendemos e precisamos, e contamos com o Elon Musk, para que a Amazônia seja conhecida por todos no Brasil e no mundo. Mostrar a exuberância dessa região, como ela é preservada por nós e quanto malefício causam para nós aqueles que difundem mentiras sobre essa região", disse Bolsonaro.

Jair Bolsonaro e Elon Musk (Foto: Reprodução/Twitter)

 
Source: Rural

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