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O setor algodoeiro do Brasil foi um dos primeiros a se preocupar com a questão da sustentabilidade e estimular boas práticas socioambientais, com o programa Algodão Brasileiro Responsável (ABR), iniciativa que nasceu no Mato Grosso com o Instituto Algodão Social, em 2005. Com a marca do pioneirismo, queremos sempre avançar e estamos atentos a novos conceitos de produção nas fazendas, baseados em processos naturais de cultivo de solos férteis e saudáveis, utilizando técnicas de cobertura de solo, diversificando a cultura e apostando na preservação da biodiversidade no sistema, para o manejo integrado de pragas e doenças.

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Não à toa, a agricultura regenerativa ganha forma e adeptos na cultura do algodão no País. Pressionados pelo impacto do clima na produtividade das lavouras, renda e volatilidade de preços, os cotonicultores adotam práticas de sustentabilidade agrícola para se reposicionar no mercado com uma proposta que reúne uma visão integrada do uso de tecnologias para uma produção escalonável.

De maneira planejada e olhando para o futuro, há bem-sucedidos projetos nas lavouras de algodão que uniram essas técnicas, com o conhecimento de décadas. Nos nove estados produtores de algodão, temos fazendas com foco na melhoria da terra, colheita após colheita. Sabemos que a saúde do solo é um dos fatores que determina a qualidade do que a agricultura produz, por isso, nunca foi tão importante assumirmos esse compromisso com as boas práticas sustentáveis e que incluem a regeneração da nossa terra, que cumpre com funções básicas e importantes para os ecossistemas. 

A agricultura regenerativa nada mais é do que um procedimento de restauração de áreas produtivas, que atua sobre a premissa de melhorar ativamente o bem-estar do solo, os ciclos da água e do carbono, a biodiversidade, e a resiliência socioeconômica. E nós, em função de comprovados resultados técnicos positivos nas ações de sustentabilidade empreendidas nos pilares econômico, social e ambiental, incentivamos esse modelo e o que resulta dele.

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Estudos técnico-científicos realizados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mostram que o conjunto de ações, respaldado por boas práticas de manejo, traz melhorias para manter ou aumentar a produtividade das lavouras e reduzir custos no uso de herbicidas. Precisamos usar a nosso favor as técnicas da agricultura regenerativa investindo cada vez mais em métodos que nutrem e preservam os solos.

A Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), junto com as associadas e os produtores, está totalmente alinhada à demanda mundial de uso de práticas sustentáveis em todas as etapas do processo de produção e beneficiamento da fibra. Cerca de 84% da produção nacional têm certificação socioambiental. É um grande diferencial da pluma brasileira que prima por métodos ecologicamente corretos, economicamente viáveis, socialmente justos e culturalmente diversos.

*Júlio Cézar Busato é Presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa)

**As ideias e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de seu autor e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da revista Globo Rural

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Source: Rural

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