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Confira os destaques desta quarta-feira (18/5)

Destaques do Dia (Foto: Estúdio de Criação)

Mercado regulado de carbono

O governo federal prepara um decreto para regulamentar o mercado regulado de carbono no Brasil. O anúncio foi feito pelo ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, nesta quarta-feira (18/5), durante o Congresso Mercado Global de Carbono, no Rio de Janeiro. Nas estimativas da pasta, o país pode gerar US$ 100 bilhões em receitas derivadas das transações até 2030. Ao falar desta regularização da compra e venda de créditos de carbono no País, o ministro também citou outras modalidades, como o crédito de metano e o carbono azul, presente nas áreas marinhas e fluviais. No entanto, não ficou claro quais mecanismos de política pública serão fomentados para transformar o sequestro do carbono em pagamento por serviço ambiental. O mercado regulado de carbono trabalha com metas de redução de emissões a serem cumpridas de forma obrigatória por empresas e países desenvolvidos. O Brasil, como país em desenvolvimento, não é obrigado a operar neste mercado, e já tem mecanismos para o mercado voluntário, em que pessoas jurídicas e físicas voluntariamente decidem neutralizar suas emissões de gases de efeito estufa.

Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente, durante o Congresso Mercado Global de Carbono (Foto: Divulgação/Congresso Mercado Global de Carbono)

Falta de chuva

Os problemas causados pelo clima, principalmente pela falta de chuvas, estão cada vez mais frequentes e severos no Brasil e isso tem servido como um alerta para os produtores rurais. Em um congresso nacional sobre a soja, que aconteceu nesta semana em Foz do Iguaçu, no Paraná, pesquisadores do Instituto Brasileiro de Perícia Ambiental (Ibrapa) destacaram a importância de adotar práticas conservacionistas e que podem funcionar como mecanismo de proteção a fenômenos adversos. Entre essas práticas, estão a diversificação das culturas e o plantio de variedades que formem cobertura vegetal. O foco precisa estar na construção de um bom perfil de solo e, com isso, tornar a produção mais resiliente às adversidades do clima.

Lavoura de milho atingida pela seca (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian/File Photo)

Geadas pontuais

Geadas amplas que poderiam afetar lavouras de milho do Paraná e de cana e café do Sudeste não se concretizaram nesta quarta-feira (18/05), com o registro do fenômeno apenas pontualmente e sem impacto, afirmou a Rural Clima. "Teve alguns pequenos registros de geadas pontuais em regiões extremamente elevadas, tanto no Paraná quanto no sul de Minas, nas áreas de café… Mas foram tão insignificantes que até os relatos estão sendo quase que inexistentes", disse Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima. Para os próximos dias, o frio deve persistir com a entrada de uma nova de massa de ar polar, que deverá ser monitorada, uma vez que pode trazer geadas, disse Santos.

 (Foto: Sergio Ranalli)

Como proteger a lavoura da geada

Produtores do eixo Sul-Sudeste do Brasil estão em alerta por conta da previsão de temperaturas baixas no decorrer desta semana. Em boletim emitido pela Climatempo, a massa de ar frio que chega ao país causa queda acentuada dos termômetros, incluindo o risco de geadas. Diante deste cenário, produtores temem a perda da produtividade e, na medida do possível, se preparam para evitar os prejuízos. Baixas temperaturas são uma ameaça ao café. No ano passado, as geadas afetaram a formação de ramos para novas plantas, o que influenciou a produtividade dos cafezais em 2022. Outra recomendação feita pela técnica do Sistema FAEMG é realizar a arborização para quebra vento, minimizando a formação de corredores de vento frio em meio aos cafezais.

Imagem de café atingido por geadas (Foto: REUTERS/Roosevelt Cassio)

 

Prejuízo pela seca

No último ano, a região Sul do Brasil sofreu com seca, falta de chuvas e temperaturas muito altas. Raphael Salomão, editor-assistente da Globo Rural, ouviu, no Congresso Brasileiro da Soja, em Foz do Iguaçu, o secretário de agricultura do Paraná. Ele disse que o prejuízo somente do estado nessa última safra foi corrigida de 22 bilhões para 35 bilhões. O Rio Grande do Sul também está registrando mais de 33 bilhões em perdas e, se a gente somar com os outros estados, esse valor chega a quase 100 bilhões de reais no último ano. Nesse cálculo de prejuízo, a produtividade é comparada ao valor do produto que não será vendido. Na região Sul, houve, principalmente, quebra nas safras de soja e milho pelas temperaturas extremas (quentes e frias) e pela seca.

agricultura-seca-rs (Foto: Reuters)

Soja não-transgênica

O mercado de soja convencional deve manter os atuais diferenciais de preço em relação à soja transgênica por pelo menos mais duas safras. De acordo com o Instituto Soja Livre – que reúne informações e divulga o mercado do grão não-transgênico no Brasil – os prêmios que têm sido praticados nas principais regiões produtoras estão entre US$ 6 a US$ 7 a mais por saca em relação à cotação da oleaginosa geneticamente modificada. Na safra 2021/2022, a área plantada com soja convencional no Brasil chegou a 792,85 mil hectares, com uma colheita de 2,7 milhões de toneladas, o equivalente a 2% da produção total da oleaginosa no Brasil. Mato Grosso (365,2 mil hectares) lidera a produção nacional de soja não-transgênica. Somando com Paraná (211,5 mil), Goiás (64,6 mil) e Minas Gerais (42,36 mil), representa 90% do total.

Soja (Foto: REUTERS/Jorge Adorno/File Photo)

Índice de Confiança do Agronegócio

Confiança na agroindústria depois da porteira em alta, confiança na venda de insumos e na produção agropecuária em baixa. Isso é o que aponta o Índice de Confiança do Agronegócio (ICAgro), que fechou o 1º trimestre de 2022 em 111,5 pontos, 1,9 ponto acima do levantamento anterior. O índice, que considera como positivas avaliações acima de 100 pontos, é feito trimestralmente pelo Departamento de Agronegócio da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) com avaliação da percepção das indústrias de insumos e transformação ligadas ao agro, além das cooperativas e produtores, em relação à uma série de indicadores econômicos e de competitividade do setor. No primeiro caso, as indústrias de insumos agropecuários registraram uma perda de 3,7 pontos no otimismo em relação à pesquisa do quarto trimestre de 2021, fechando o índice em 107,7 pontos. Já as indústrias que atuam depois da porteira tiveram um ICAgro de 117,4 pontos, alta de 9,0 pontos.

Lavouras de café em Minas Gerais (Foto: REUTERS/Roosevelt Cassio)

 
Source: Rural

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