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Aumento do peso médio dos bovinos, mais arrobas produzidas, maior peso de carcaça e 60% dos confinadores otimistas em relação ao cenário de negócios em 2022. Esses são alguns dos resultados da sexta edição do Benchmarking Confinamento 2021 da Cargill, que analisou resultados de 1,1 milhão de cabeças de gado (85% machos) em 120 confinamentos no Brasil, um aumento de 80% em relação ao rebanho analisado na pesquisa anterior. No total, o Brasil confina cerca de 6,5 milhões de cabeças.

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Os resultados foram apresentados na tarde de segunda (16/5) em coletiva em Ribeirão Preto (SP), que precedeu encontro com cerca de 70 pecuaristas (Foto: Everton Queiroz/Acrimat)

 

O rebanho apresentou uma média de 12,67 arrobas como peso de entrada no confinamento com 117 dias de cocho. A média de ganho de peso diário foi de 1,526 quilos e a de ganho diário de carcaça foi de 1,041 kg, um aumento de 2,4% nos dois itens em relação aos resultados da primeira pesquisa feita em 2017. Em arrobas produzidas, a média foi de 8,10, o melhor resultado visto na série, que representa uma alta de 3,85% em relação à média apurada em 2017. Já no peso de carcaça, a média foi de 20,77 arrobas, com aumento de 8,87%.

Em relação à eficiência biológica e conversão alimentar, os dados apontam 6,93 kg de matéria seca para cada kg de ganho de peso vivo para machos, o que representa uma redução de 1,67% em relação ao apurado no primeiro levantamento. O rebanho analisado é formado por 53,5% de nelore, 24,6% de anelorados, 11% de cruzamento industrial, 5,9% de cruzamento leiteiro e 4,1% de angus.

Os resultados foram apresentados na tarde de segunda (16/5) em coletiva em Ribeirão Preto (SP), que precedeu encontro com cerca de 70 pecuaristas. A pesquisa tem por objetivo permitir ao confinador avaliar e comparar os dados de sua empresa em relação à concorrência. Além da média, o levantamento apresenta, sem revelar os nomes, um recorte dos resultados dos 10% e dos 20% melhores na atividade.

A pesquisa mostrou ainda que a tecnologia tem sido cada vez mais parceira dos confinadores para elevar os lucros dentro da porteira. Os softwares de gestão estão presentes nos 120 confinamentos analisados e 54% têm também automação de trato.

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“A pecuária vem passando por uma série de transformações. Não se ganha mais dinheiro apenas com a sazonalidade dos preços. É preciso investir na atividade dentro da porteira. Os números da pesquisa apontam que inovação e sustentabilidade têm tido a tecnologia e a gestão como fortes aliados e isso favorece tanto a produtividade quanto a qualidade do confinamento”, disse Felipe Bortolotto, gerente de tecnologia para gado de corte da Cargill.

Para Pedro Almeida Fonseca, líder comercial de soluções digitais para ruminantes da Cargill, a pesquisa evidenciou uma tendência de maior produção de arrobas, maior importância do negócio dentro da porteira para gerar lucro, a necessidade de uma gestão de risco em todos os confinamentos diante da volatilidade dos preços e a importância do pilar de sustentabilidade social, ambiental e econômico.

Os executivos da Cargill afirmaram ainda que o confinador já entendeu que apostar no bem-estar animal gera mais produtividade e é cada vez maior a implantação de sombra para os animais, a adoção de irrigação para diminuir a poeira e a incidência de pneumonia, a opção por uma lotação animal menor por área e o uso de períodos maiores de adaptação na entrada no confinamento.

Detentora desde 2012 da marca de nutrição animal Nutron para confinamento, a multinacional Cargill entrou também no segmento de nutrição a pasto há cinco anos.

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Source: Rural

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