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A cidade mineira de Paracatu, a 506 km da capital, Belo Horizonte, deve abrigar o Parque Industrial de Ciência Agrícola Brasil-China, segundo acordo assinado nesta quinta-feira (12/5) entre a gigante chinesa do segmento de sementes híbridas LongPing High-Tech e a Prefeitura. O Parque Industrial prevê a instalação de empresas de tecnologia com o objetivo de gerar negócios e estimular a economia local.

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Estrutura vai abrigar empresas de tecnologia (Foto: Divulgação)

 

A construção ficará a cargo da Longping Co. e de sua subsidiária LongPing High-Tech Biotecnologia Ltda. A empresa não informou o valor do investimento nem o prazo de instalação. Segundo a assessoria, a China vai incentivar empresas de lá a virem para o Brasil e a LongPing será a porta de entrada.

A empresa, que pertence ao grupo chinês Citic Agri Fund Management, chegou ao Brasil no final de 2017 ao comprar a operação de sementes da Dow AgroSciences Sementes e Biotecnologia Brasil por U$ 1,1 bilhão.

“Estamos muito felizes em sermos parte integrante desta parceria. A LongPing High-Tech está investindo, apenas neste ano, mais de R$ 220 milhões para ampliação da unidade de Paracatu, objetivando aumentar nossa produção, desenvolver o agronegócio brasileiro e contribuir com o desenvolvimento da região”, disse, em nota, Aldenir Sgarbossa, presidente da LongPing High-Tech.

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Liang Shi, membro do Conselho Global de Investimentos da LongPing High-Tech, diz que o parque industrial vai abrigar também agritechs voltadas para agricultura de precisão e será uma plataforma de pesquisa e desenvolvimento de cadeias do agronegócio.

“O projeto desenvolverá, gradualmente, um cluster industrial na América do Sul, criando novas oportunidades de desenvolvimento para a China e o Brasil e promovendo o aumento da competitividade na agroindústria.

O prefeito de Paracatu, Igor Santos, disse, em nota, que a expectativa é ampliar as oportunidades do município, que hoje já conta com os setores agrícola, da pecuária e da mineração. Mas não informou os termos do acordo nem se haverá investimento do município ou algum benefício ao parque industrial.

R$ 500 milhões

No total, a Long Ping planeja investir neste ano mais de R$ 500 milhões para aumentar sua produção de híbridos no país. A maior parte vai para a construção de novas plantas de beneficiamento de sementes em Paracatu e em Primavera do Leste (MT), mas também receberão investimentos as unidades da empresa em Araguari (MG), Cravinhos, Jardinópolis (as três em SP), Sorriso (MT) e Rolândia (PR).

A unidade de Cravinhos, aliás, passa a ser a sede administrativa e estratégica para as subsidiárias da China, Estados Unidos, África, Argentina, Paraguai, Argentina e Chile.

“A LongPing High-Tech tem um papel importante para o PIB do brasileiro. O nosso impacto positivo na economia brasileira passa também pela geração de empregos de forma direta e indireta em diversos estados de atuação da companhia. Trazer o comando global para o Brasil nos dará ainda mais força para investirmos nas pessoas, estruturas, desenvolvimento de tecnologias, novos híbridos, visando a liderança de mercado”, afirma o presidente Sgarbossa.

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Na fábrica de Paracatu, a nova planta custará R$ 220 milhões, que se somam aos R$ 50 milhões empregados entre 2019 e 2020. A planta terá uma estrutura completa de beneficiamento de sementes de milho, tratamento industrial, ensaque de big bag e sacas de 60 mil sementes. “Nós acreditamos no potencial do agronegócio brasileiro e queremos ser ainda mais protagonistas, suportando os agricultores com híbridos de alto potencial, biotecnologia e serviços”, ressalta Sgarbossa.

O investimento no novo complexo industrial de Primavera do Leste visa suportar o crescimento de vendas nos Estados do Mato Grosso, Goiás e  Mato Grosso do Sul, principais regiões produtoras da safrinha, além do Paraná. A estrutura contará com usina de beneficiamento de sementes, unidade de pesquisa e desenvolvimento de produtos (R&D), laboratório de qualidade e câmara fria.

A empresa também prepara o lançamento de quatros novos híbridos em neste ano, dois para cada uma das marcas Morgan e Forseed, visando construir um portfólio de produtos que proporcionem mais produtividade e tenham tolerância aos principais patógenos, como complexo de molicutes e viroses (CMV), e ao estresse hídrico.

Durante o período de expansão, a companhia projeta dobrar o número de funcionários. No ano passado, a LongPing empregou mais de 5 mil pessoas, entre colaboradores efetivos e safristas. A previsão é que haja um crescimento de 45% no número de novas vagas efetivas em 2022´.
Source: Rural

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