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A indústria brasileira de carne de frango afirmou ter recebido com "tranquilidade" a informação de que o governo zerou a tarifa de importação para miúdos e cortes de carne. Em nota, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa o setor, ressaltou, no entanto, a necessidade do governo adotas medidas que reduzam os custos do setor.

Nesta quarta-feira (11/5), o Ministério da Economia anunciou a redução de tarifas de importação de 11 produtos. Além do frango, foram incluídos entre os produtos a carne bovina,  trigo e farinha de trigo e ácido sulfúrico. O milho, que já estava com a tarifa de importação zerada, teve a medida estendida.

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Cortes importados de frango terão tarifa zero de importação (Foto: Fabiano Accorsi/Ed. Globo)

 

Em nota comentando a decisão da pasta, a Associação ressalta que sempre defendeu o livre mercado por meio de acordo comerciais que promovam a competitividade do produto brasileiro. E pontua que os preços elevados da carne de frango, verificados atualmente, estão relacionados ao aumento do custo de produção enfrentado atualmente pela avicultura brasileira.

"As altas dos preços da carne de frango são, na verdade, fruto do inevitável repasse parcial das altas superiores a 100% do milho e do farelo de soja (que representam 70% dos custos de produção), além de outros insumos como diesel, embalagens de plástico e papelão, entre outros. Estas, sim, são as verdadeiras causas das altas dos preços dos produtos e que demandam ações imediatas por parte do Governo", diz a nota da entidade.

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A ABPA pontua também que o cenário atual é de oferta restrita de carne de frango em nível global, causada por focos de gripe aviária registrados em países que são importantes fornecedores internacionais, como o Estados Unidos. "O Brasil, neste contexto, é a única nação que mantém bons volumes produtivos – o que permitiu o aumento da disponibilidade de oferta e consumo", diz o comunicado.

Em meio à cobrança de medidas por redução de custos, a indústria de frango elogiou a decisão de manter o milho isento de tarifa de importação. Segundo a ABPA, isso pode ajudar a conter eventuais altas de preços. No comunicado, a entidade reitera ainda o pedido de suspensão da cobrança de PIS e Cofins sobre o cereal e o farelo de soja.

"A associação também reitera o pedido já apresentado ao Governo pela constituição de um sistema de informação das exportações futuras, que teria papel fundamental para evitar que o país enfrentasse, novamente, o quadro de fortes altas de preços de grãos com base em especulações, como ocorreu no passado", diz a nota.
Source: Rural

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