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A ocorrência de surtos de gripe aviária em vários países e o aumento dos custos de produção, tanto no mercado internacional quanto no doméstico, representam, atualmente, os principais desafios para cadeia produtiva da carne de frango no Brasil. A avaliação foi divulgada nesta terça-feira (10/5), pela Associação Brasileira da Proteína Animal (ABPA), em comunicado alusivo ao Dia Mundial do Frango, data criada pelo Conselho Internacional de Avicultura, que reúne o setor em nível global.

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Granja de frangos de corte. Custos de produção estão em alta, o que levou a repasse de preços para os produtos (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

No comunicado, o presidente da ABPA, Ricardo Santin, destaca que os preços dos grãos utilizados na ração dos planteis aumentaram de preço, situação agravada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, que já dua quase três meses. Os dois países são importantes produtores e exportadores mundiais de grãos. Ao mesmo tempo, por causa da influenza aviária, milhões de aves tiveram que ser abatidas em países como Estados Unidos, França e nações asiáticas.

“Somados, os dois fatores vêm sustentando os preços internacionais da carne de aves, com redução de oferta em alguns locais devido aos abates sanitários e com a diminuição das atividades de empresas avícolas ucranianas, que são exportadoras relevantes”, avalia Santin, para quem não há expectativa de alívio nos custos de produção do setor, ao menos no médio prazo.

Diante deste cenário, afirma o executivo, na nota, o desafio para a cadeia produtiva do frango no Brasil é o de manter a competitividade e a garantia de sustentabilidade na produção. Segundo Santin, mesmo com o custo maior, que leva ao repasse para os preços finais de produtos, não há risco de faltar frango nas gôndolas do varejo.

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“O quadro comercial e de consumo é favorável ao produto brasileiro. Entretanto, o setor vive a sua mais severa crise de custos de produção, com altas superiores a 100% no milho e no farelo de soja, acumuladas ao longo dos dois últimos anos e com especial impulso neste início de 2022. Adicione a isto as elevações dos custos de fretes marítimos, do diesel, das embalagens de plásticos e papelão e diversos”, analisa Santin.

O presidente da ABPA destaca que o consumo per capita do produto no Brasil alcançou 45,56 quilos em 2021. É o segundo maior índice já registrado pelo setor, que desde 2010 mantém níveis de consumo acima de 40 quilos per capita.

Ao mesmo tempo, mercados externos importantes mantêm a demanda firme, o que favorece as exportações brasileiras.  No primeiro trimestre do ano, os embarques foram 10,2% superiores ao registrado no mesmo período de 2021 (ano de recorde das exportações): 1,142 milhão de toneladas exportadas.
Source: Rural

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