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Terminou sem resultados a reunião realizada nesta terça-feira (26/04) entre representantes do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais Federais Agropecuários (Anffa Sindical) e o ministro da Agricultura, Marcos Montes, para discutir a reestruturação da carreira. O encontro, marcado há um mês e levou à suspensão da operação padrão mantida desde o final do ano passado. A categoria pleiteia correção salarial e a contratação de mais servidores.

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De acordo com Sindicato, defasagem de pessoal chega a 1.620 auditores fiscais federais agropecuários (Foto: Mapa/Divulgação)

 

“Eu não posso adiantar qual decisão será tomada até porque existem várias possibilidades, desde operação padrão até greve. Mas posso garantir que o clima é de total insatisfação”, destaca o diretor de Comunicação e Relações Públicas da Anffa Sindical, Antonio Andrade. Segundo ele, o ministro reafirmou a posição do governo de conceder reajuste linear de 5% a todas as carreiras públicas federais.

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Inicialmente, o governo chegou a anunciar reajuste apenas a militares e servidores da segurança pública, para o qual destinou R$ 1,7 bilhão do orçamento público de 2022. A decisão deflagrou manifestações e ameaças de greve em outras categorias, levando o governo a recuar para um reajuste linear de 5% para todos os servidores federais.

Os auditores fiscais agropecuários afirmam que o reajuste não atende as reivindicações. Segundo Andrade, os profissionais estão há cinco anos sem reajuste ou correções de perdas, enquanto as demais carreiras de auditoria e fiscalização tiveram vencimentos corrigidos em 2018 e em 2019. “Isso é reconhecido por, pelo menos, nossos interlocutores junto ao governo. Todos com os quais conversamos reconhecem essa defasagem”, pontua.

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De acordo com o diretor da Anffa Sindical, a categoria propôs ao Ministério da Agricultura que parte dos R$ 1,7 bilhão não destinados até o momento para os servidores de segurança pública – cujo prazo limite de reajuste é julho – seja utilizada para atender as demandas dos fiscais agropecuários. O custo é calculado em R$ 350 milhões.

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“Os R$ 1,7 bilhão para a carreia de segurança seria um valor necessário se tivesse dado a reestruturação para as carreiras de segurança lá em janeiro. No entanto, não tendo dado até hoje, e se for dar a reestruturação dessas carreiras em julho, não vai precisar usar os R$ 1,7 bilhão, o que acaba sobrando um recurso para outras carreiras. Então, é possível. Existe a possibilidade e o recurso”, diz Antônio.

De acordo com o Sindicato, a defasagem de pessoal chega a 1.620 auditores fiscais federais agropecuários, que vem sendo compensada, em parte, por extensão de jornadas de trabalho (sem pagamentos de horas-extras) e descontinuidade de atividades, em prioridade a outras. A operação padrão, por sua vez, consiste no cumprimento dos prazos regimentais de trabalho da carreira, que é de oito horas diárias, sem turnos extras não compensados ou remunerados.

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Sem um acordo com o governo, o Conselho de Delegados Sindicais da categoria se reunirá nos próximos dias para definir, em votação, os passos seguintes da mobilização, que devem ser anunciados até o fim desta semana.
Source: Rural

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