É tradição que, na sexta-feira de Páscoa (também conhecida como “Sexta-feira Santa”), carnes vermelhas não sejam comidas. No lugar delas, as carnes brancas, em especial, o peixe ganha espaço nos pratos dos brasileiros.
Como toda fonte de proteína animal, para se garantir a qualidade do produto comprado nos mercados e feiras, é preciso que o consumidor esteja atento na hora de selecionar a peça cultivada. Pensando nisso, a Revista Globo Rural consultou Francisco Medeiros, presidente executivo da Associação Brasileira da Piscicultura (Peixe BR), e separou cinco dicas que podem auxiliar os leitores nesse processo.
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O gelo é essencial para manter a qualidade do peixe. Porém, em países como Japão e China, esses animais até são comercializados sem o contato direto com o gelo. Medeiros explica que isso se dá pelas baixas temperaturas atingidas nesses locais, chegando aos graus celsius negativos (Foto: Reprodução/iStock)
1. Compra apenas por serviços fiscalizados
Segundo Medeiros, desde 1950, é proibida a venda direta de peixes cultivados pelo produtor para os consumidores. Essa relação comercial precisa ser mediada pelos frigoríficos, que são responsáveis por inspecionar os exemplares, atestar a sua qualidade e, por fim, encaminhá-los para os pontos de venda. Todas as peças que passam por essa fiscalização são sinalizadas e levam registros do Serviço de Inspeção Federal (SIF), o que permite a rastreabilidade do produto.
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2. Atenção à validade
Os peixes vindos de criadouros podem ser comercializados frescos ou congelados. O presidente da Peixe BR explica que, em relação à qualidade, não há mudanças entre as duas formas, mas que o período de validade é diferente. Segundo ele, as peças congeladas podem durar até 12 meses, enquanto as frescas têm um shelf-life de 12 dias. Por isso, é recomendável a observação da data de validade dos produtos antes da saída do mercado.
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3. Presença do gelo em excesso
Desde o momento que o peixe é retirado da água, ele precisa ser submetido ao gelo. Medeiros destaca que, mesmo no caso da venda da peça fresca, ela deve estar imersa em grandes quantidades de gelo, pois é isso o que garante a conservação de qualidade do alimento. Essa dica é especialmente importante em países quentes como o Brasil, pois, sem o frio, esses animais passam a ficar suscetíveis à ação de agentes decompositores, responsáveis pela perda de qualidade do alimento.
4. Olhos brilhantes
Uma dica que serve para comprar qualquer espécie de peixe é analisar os seus olhos. “O olho tem que estar brilhante e não pode estar fundo”, explica Medeiros. O profissional explica que, quanto mais reluzente estiver o olho, melhor vai ser a qualidade do peixe. Segundo ele, o órgão é um bom indicativo, pois a sua membrana de proteção é muito sensível e não consegue ser bem conservada pelo gelo, ficando opaca com o tempo.
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5. Odor característico
Na maioria dos casos, os peixes são levados vivos para os frigoríficos. Depois de abatidos, eles já são congelados ou postos no gelo, assim, eles não têm cheiro, isso, porque o mau odor é uma consequência da ação dos agentes decompositores na carne. Segundo o porta-voz da Associação, o característico “cheiro de peixe” é um sinal de perda de qualidade e, portanto, o seu consumo deve ser evitado pelas pessoas.
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Source: Rural