Caminhoneiros na Argentina iniciaram uma greve por tempo indeterminado nesta segunda-feira (11/04) para exigir tarifas mais altas para o transporte de grãos e gado, o que pode afetar as exportações de grãos durante um momento importante da safra.
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Plantação de milho sofre após longo período de seca que acabou em janeiro em região próxima a Buenos Aires, Argentina (Foto: REUTERS/Agustin Marcarian)
A Argentina, maior exportador mundial de derivados de soja e segundo maior exportador de milho, iniciou recentemente a colheita de ambos os grãos. "Não há negociações em andamento", disse Edgardo Aniceto, porta-voz da Federação de Transportadores Argentinos (Fetra), acrescentando que a greve não tem prazo definido.
Cerca de 85% do volume de grãos da Argentina é transportado por caminhão dos campos para os portos do país, e o tráfego de caminhões é especialmente intenso durante o segundo trimestre do ano.
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Embora os caminhoneiros, o governo e as associações rurais tenham acordado novas tarifas para o transporte de grãos no início de fevereiro, a Fetra disse em comunicado que os aumentos no preço do diesel tornaram "impossível continuar trabalhando em condições razoáveis".
A Fetra também reclamou da escassez de combustível, e a empresa nacional de petróleo YPF respondeu aumentando o fornecimento de gasóleo para seus níveis mais altos em uma década no início deste mês.
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Os exportadores de grãos na Argentina geralmente têm reservas para manter as operações em funcionamento, mas se as entregas de caminhões nos portos pararem por vários dias, as entregas de navios de carga podem ser afetadas.
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Source: Rural