A demanda de milho da China em 2021/22 foi limitada pelos altos preços do grão, que reduziram o apetite de suinocultores e alguns processadores, disse o Ministério da Agricultura do país em seu relatório mensal de safras divulgado nesta sexta-feira (08/04).
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Plantação com segunda safra de milho vista perto de Lucas do Rio Verde, no Mato Grosso (Foto: REUTERS/Nacho Doce)
Os preços elevados do trigo, no entanto, reduziram o uso do grão alimentar em rações, levando a um aumento da fatia do milho para alimentar criações, disse o ministério. Dessa forma, o governo manteve inalteradas suas estimativas de abril para oferta e demanda de milho no ano 2021/22, na comparação com o mês anterior.
Espera-se que os preços domésticos do milho permaneçam altos, pois as medidas para controlar os recentes surtos de Covid-19 na China interromperam o transporte em algumas das principais regiões de produção no norte e nordeste, de acordo com as estimativas de oferta e demanda agrícola chinesas.
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A produção de óleos comestíveis da China em 2021/22 foi estimada em 29,59 milhões de toneladas, uma queda de 70.000 toneladas em relação à previsão no mês anterior, já que os altos preços internacionais reduziram as importações de colza e amendoim, segundo o Ministério da Agricultura e Assuntos Rurais.
No entanto, as importações de oleaginosas alternativas, incluindo sementes de gergelim, aumentaram e levaram ao crescimento da produção de óleos comestíveis dessas oleaginosas, disse o ministério.
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As estimativas de abril para as importações de soja e o consumo no ano 2021/22 também permanecem inalteradas.
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Source: Rural