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A safra de soja do Brasil 2021/22, com colheita caminhando para o final, foi estimada nesta quinta-feira (07/04) pela estatal Conab em 122,4 milhões de toneladas, praticamente estável ante o volume de março.

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A seca enfrentada nas lavouras no sul do país fez com que as projeções para a soja diminuíssem (Foto: Eduardo Monteiro/Divulgação)

 

Mas a agência ligada ao Ministério da Agricultura reduziu as exportações e aumentou a expectativa de processamento interno da oleaginosa, com o país usando estoques da matéria-prima para aproveitar as margens favoráveis na indústria.

O volume de produção de soja projetado para o maior produtor e exportador global representa uma queda 11,4% ante 2021, após Estados ao Sul do Brasil lidarem com uma severa seca este ano. Isso vai colaborar para cortar as exportações do país em cerca de 9 milhões de toneladas do grão em 2022 na comparação anual.

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Na linha do que divulgou a associação da indústria Abiove no final do mês passado, a Conab reduziu a previsão de exportação de soja do Brasil para 77 milhões de toneladas, cerca de 3 milhões abaixo da projeção anterior. Já o processamento em 2022 foi revisado para cima pela Conab, a 46,5 milhões de toneladas, ante 42,9 milhões na previsão de março.

"A redução de estimativa de exportações e o aumento do esmagamento interno são motivadas por uma expectativa de menor exportação de soja em grãos para o segundo semestre, uma vez que, com as margens de esmagamento bastante atrativas, os esmagamentos e as exportações de óleo de soja devem ser elevados…", comentou a Conab.

Para abril, as exportações de soja devem recuar quase 30% ante o mesmo período do ano passado, após grandes volumes no primeiro trimestre, segundo estimativa da associação de exportadores Anec.

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MILHO RECORDE

O Brasil deverá colher um volume recorde de milho na temporada 2021/22, estimado nesta quinta-feira em 115,6 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que revisou para cima em mais de 3 milhões de toneladas o dado ante a projeção de março, com bom desenvolvimento das lavouras de segunda safra.

"As perspectivas de aumento da produtividade estão presentes na maioria dos Estados. Somente Minas Gerais e Goiás geram alguma preocupação devido à redução das precipitações ocorridas após a primeira quinzena de março e ao plantio de uma pequena parte das áreas fora da janela ideal", afirmou a Conab em relatório.

Segundo a estatal, "houve um aumento significativo da área semeada devido aos preços convidativos do mercado e à antecipação do plantio da soja, que permitiu uma janela mais ampla e favorável para a implantação da lavoura (de milho de inverno)".

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A área semeada na segunda safra deve alcançar cerca de 16 milhões de hectares, 7% superior à temporada anterior. Dessa forma, a Conab reviu a projeção de safra total de milho, que até o mês passado era estimada em 112,3 milhões de toneladas. Agora a estimativa é de aumento anual de 32,7%.

A segunda safra, com plantio praticamente finalizado, está estimada em 88,5 milhões de toneladas, alta de 45,8% ante a temporada anterior, que foi afetada por seca e geadas. Com maior oferta, a Conab elevou a previsão de exportação de milho do Brasil 2021/22 para 37 milhões de toneladas, 2 milhões acima do número de março e quase o dobro do visto na temporada anterior. Além disso, elevou a previsão de consumo de milho no Brasil 2021/22 para recorde de 77,2 milhões de toneladas, ante 76,5 milhões na projeção anterior. 

Já a safra de algodão do Brasil 2021/22 foi estimada em 2,83 milhões de toneladas (pluma), praticamente estável na comparação mensal, mas um salto de quase 20% ante o ciclo anterior. A previsão de exportação foi mantida em aproximadamente 2 milhões de toneladas, sem grandes alterações em relação ao ano passado.

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Source: Rural

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