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Confira os destaques desta segunda-feira (05/4)

Destaques do Dia (Foto: Estúdio de Criação)

 

Falta de chuva na faixa central

A falta de chuvas na faixa central do Brasil é o destaque da semana. Mato Grosso, norte do Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Bahia, metade sul do Tocantins e Piauí não devem ter chuvas generalizadas, e somente chuvas irregulares. Nessas regiões, "a semana será marcada por tempo aberto, temperaturas em elevação e chuvas em forma de pancadas localizadas", afirma Marco Antônio dos Santos, agrometeorologista da Rural Clima. A primeira quinzena de abril vai manter a tendência de chuvas organizadas sobre o Sul do Brasil, ao contrário da região central. Já no Norte do país, por conta da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT), a chuva se mantém regular em Rondônia, Pará, noroeste do Mato Grosso e norte do Tocantins, do Piauí e do Maranhão.

Falta de chuva (Foto: Sergio Ranalli)

Preço da soja

Os preços da soja caíram no Brasil recuaram na semana passada, pressionados pela desvalorização do dólar, que recuou 1,7% entre 25 de março e 1º de abril. Na média mensal, a queda da moeda norte-americana foi de 4,4% de fevereiro para março, quando foi cotado a R$ 4,97 no último mês, a menor nominal em dois anos. Os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) explicam que as cotações domésticas também foram influenciadas por estimativas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que indicam área de soja da safra norte-americana 2022/2023.

Grãos de soja (Foto: REUTERS/Tingshu Wang)

Plano de fertilizantes

O Plano Nacional de Fertilizantes, lançado no dia 11 de março pelo governo federal, é positivo. Mas os primeiros resultados devem começar a aparecer apenas daqui cinco anos, avalia o ex-ministro da Agricultura e coordenador do Departamento de Agronegócios da Fundação Getúlio Vargas (FGV Agro), Roberto Rodrigues. À medida que a produtividade agrícola foi aumentando e o Brasil foi registrando recorde atrás de recorde de produção, a demanda por adubo cresceu junto. Mas a produção interna não andou no mesmo ritmo. Hoje, de um modo geral, o Brasil compra de outros países o equivalente a cerca de 85% do adubo utilizado nas lavouras a cada safra. A meta do Plano Nacional de Fertilizantes é reduzir a participação dos fornecedores externos no mercado brasileiro a algo como 45% até o ano de 2050.

Agricultor mostra fertilizante antes de espalhar em campo de soja perto de Brasília, Brasil (Foto: REUTERS/Adriano Machado)

Governo prorroga suspensão de contratações do Plano Safra

A Secretaria do Tesouro Nacional (STN) prorrogou até 15 de abril a suspensão de linhas do Plano Safra 2021/22 cuja contratação foi congelada no início de fevereiro por falta de recursos para a equalização das taxas de juros. Os recursos bloqueados somam aproximadamente R$ 24,7 bilhões e referem-se a linhas de investimento do Pronaf (programa focado na agricultura familiar), para custeio e investimentos do Pronamp (voltado a produtores de médio porte) e destinadas a grandes produtores. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) informou na última sexta-feira (1º) que prorrogou a suspensão, mas a medida abrange outras instituições financeiras que operam linhas do Plano.

 (Foto: Pixabay/Joelfotos/Creative Commons)

Protestos no Peru

O presidente do Peru, Pedro Castillo, impôs um toque de recolher na capital Lima, nesta terça-feira (05/04), proibindo as pessoas de deixar suas casas na tentativa de conter protestos contra o aumento dos custos de combustíveis e fertilizantes que se espalharam por todo o país. Na segunda-feira, uma onda de protestos contra o aumento dos preços dos combustíveis e fertilizantes, desencadeado pela invasão da Ucrânia pela Rússia, continuou pela segunda semana, enquanto o governo busca reduzir os preços. Os protestos representam uma dura realidade para a Presidência turbulenta do esquerdista Castillo, um ex-agricultor e professor que venceu as eleições no ano passado com o apoio esmagador da população rural pobre.

Pelo menos quatro pessoas foram mortas durante os protestos no país (Foto: Reuters/Sebastian Castaneda)

Isenção de imposto sobre importação de queijo

A isenção do imposto de importação de 28% da mussarela baixada pelo governo federal em 21 de março não está na lista de preocupações principais do Laticínio Xandô, da Fazenda Colorado, que detém há nove anos consecutivos a liderança no ranking nacional da produção de leite e produz leite premium e sucos. No ano passado, a Fazenda Colorado, de Araras (SP), produziu uma média de 85.465 litros de leite por dia. Luiz Guilherme Pasetti de Souza, gerente de novos negócios da Xandô e integrante da terceira geração da família dona da Colorado, diz que a medida certamente impacta toda a cadeia, mas a variação dos preços do leite não afeta a Xandô porque ela não precisa comprar o produto de terceiros. O aumento dos custos não impediu a Xandô de lançar há três meses o leite integral A2, produzido por vacas holandesas.

Produção própria de leite protege Xandô da variação dos preços do leite no mercado interno (Foto: Divulgação)

Mudança no perfil da pecuária do Brasil

Há alguns anos, era comum ouvir que a participação do confinamento representava 10% da criação total de gado no Brasil, mas essa estratégia de terminação intensiva tem avançado para ocupar um quarto do volume de abates no país, contando com um importante fator de impulso: a demanda da China, que requer um boi mais jovem e de carne mais tenra. O país asiático, que havia importado 644,8 mil toneladas da proteína brasileira no ano anterior, passou para 995,6 mil toneladas adquiridas em 2019, segundo dados da Abiec, com a exigência de que a carne fosse proveniente de animais mais jovens, de 30 meses ou até quatro dentes incisivos, que passaram a ser conhecidos como "boi China".

 (Foto: BOI TIAO)

Canola apresenta resultados promissores no Cerrado

A canola é uma oleaginosa de inverno que, no Brasil, é tipicamente cultivada na região Sul. No entanto, uma pesquisa da Embrapa Agroenergia que quer “tropicalizar o grão” tem obtido resultados promissores na região do Cerrado. A fase de testes do projeto Pró-Canola aconteceu na safra de 2021, em Planaltina, Distrito Federal. A canola no cerrado sob irrigação apresentou redução de ciclo e uma produtividade superior à média nacional de 2019. Segundo dados da Embrapa, a produtividade alcaçada na primeira fase do projeto foi de 2000 kg/ha – a média nacional é de 1.371 kg/ha. Não existem sementes de canola produzidas no Brasil. De acordo com a Embrapa, produzir cultivares geneticamente modificados para serem plantadas no cerrado, é uma das metas em andamento na segunda fase do projeto.

Na primeira fase do projeto Pró-Canola foi alcançado uma produtividade de 2000 kg/ha em comparação com a média nacional de 1.371 kg/ha (Foto: Ernesto de Souza/ Ed. Globo)

 
Source: Rural

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