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A ampliação da capacidade do terminal de granéis sólidos vegetais do porto de Santos, prevista no contrato de arrendamento firmado nesta quarta-feira após leilão realizado em São Paulo, é considerada estratégica diante do aumento dos investimentos no transporte ferroviário de grãos de Mato Grosso rumo ao maior complexo portuário da América Latina.

Navio carregado com soja no Porto de Santos (SP) (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

 

“A rota para Santos hoje é fundamental para o Centro-Oeste. Nós estamos levando por volta de 21 milhões de toneladas por ano de Mato Grosso a partir de Rondonópolis para Santos. Assim que eles fizerem a ampliação da malha paulista, esse volume poderá passar para 35 milhões a 40 milhões de toneladas”, observa o diretor do Movimento Pro logística, Edeon Vaz.

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Segundo o governo de São Paulo, a expansão da Malha Paulista nos próximos seis anos deve elevar a capacidade anual de transporte da ferrovia de 35 milhões para 75 milhões de toneladas . Junto com a Malha Central, o sistema é considerado o principal corredor de exportação do agronegócio brasileiro, ligando o Centro Oeste ao Porto de Santos. No ano passado, a ferrovia teve seu primeiro trecho em operação após 30 anos, ligando o Porto Nacional, em Tocantins, a Estrela D’Oeste, em São Paulo.

“Já existe um volume considerável de cargas que estão sendo transportadas a partir de dois terminais, um de Rio Verde e um de São Simão, embos em Goiás. Esses dois terminais juntos este ano devem fazer 10 milhões de toneladas. E temos a FCA, que é uma ferrovia mais antiga operada pela FCA e que faz um trecho de Anápolis até Santos, que também transporta grãos, principalmente para o terminal que eles têm Uberaba (MG)”, detalha Edeon.

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Juntas, as três ferrovias escoam cerca de 40 milhões de toneladas até o porto de Santos, que hoje tem capacidade para receber até 45 milhões de toneladas. Segundo o contrato de arrendamento, a empresa vencedora do leilão terá de realizar obras de ampliação e modernização do terminal, incluindo a instalação de trilhos para criação de
ramais ferroviários internos, construção de novos Silos com capacidade estática total
mínima de 306 mil toneladas, de um novo armazém graneleiro com
capacidade estática mínima de 94 mil toneladas, aquisição de equipamentos para carregamento de navios, entre outras estruturas.

“São investimentos necessários sem os quais não terá como o operador explorar esse terminal.  E é muito importante a gente ressaltar que esses leilões sempre vêm no sentido de ampliar a oferta de terminais portuários. Isso é muito bom para o setor. Quanto mais ferrovias, quanto mais rodovias de qualidade e terminais portuários tivermos, melhor vai ser para o agro”, completa o diretor do Movimento Pró-Logística.
Source: Rural

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