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A SLC Agrícola, uma das maiores produtoras de grãos e oleaginosas do Brasil, já fechou 83% da sua necessidade de cloreto de potássio para a safra 2022/23, a ser plantada a partir de setembro, em um cenário de oferta global mais escassa de fertilizantes diante da guerra na Ucrânia.

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Agricultor em plantação de soja no Brasil (Foto: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 

Em relatório na noite de terça-feira (15/03) sobre os resultados em 2021, quando o lucro da SLC superou 1 bilhão de reais pela primeira vez, a companhia afirmou também que já comprou 49% dos fertilizantes fosfatados, além de 59% dos defensivos que precisará para a nova safra.

A empresa, que tem fazendas em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Piauí, Bahia e Goiás, declarou ainda que não realizou compras de fertilizantes nitrogenados, que podem ser negociados "até o final do segundo semestre de 2022".

"A relação de troca entre preço de commodities e fertilizantes está sendo acompanhada e o restante dos insumos será negociado no melhor momento", disse a SLC, em momento de altas de produtos agrícolas.

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Já os insumos sofrem pressão de custos pela alta do petróleo e questões de oferta, uma vez que a Rússia é grande fornecedora e normalmente a principal exportadora de fertilizantes ao Brasil.

"A política de hedge é bem estruturada e visa garantir um bom nível de margem para a companhia. Dado a fixação de parte dos insumos, avançamos no hedge para a safra 2022/23, atingindo bons preços tanto para as commodities, quanto para o câmbio", afirmou.

Dessa forma, ressaltou a SLC, "a nossa expectativa é que o aumento de custos será compensado pelo aumento na receita através de preços mais altos, mantendo margens em patamares similares aos últimos anos".

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RESULTADO EM 2021

A companhia teve um lucro líquido recorde em 2021, superando pela primeira vez a marca de 1 bilhão de reais, em meio à produtividade histórica na soja e alta nos preços. O resultado atingiu 1,131 bilhão de reais, com crescimento 153,3% em relação a 2020. A margem líquida também foi recorde, 25,9%, com aumento de 13,2 pontos.

A dívida líquida ajustada da companhia encerrou o ano de 2021 em 2,4 bilhões de reais, apresentando um aumento 1,7 bilhão em relação ao fechamento de 2020, com impacto principalmente do aumento na necessidade de capital de giro oriunda do volume de pagamentos dos insumos agrícolas da safra 2021/22 e a liquidação total do endividamento da Terra Santa Agro.

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Source: Rural

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