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O governo deve lançar na próxima sexta-feira (11/3) o Plano Nacional de Fertilizantes, com o objetivo de reduzir a dependência do Brasil dos insumos importados, informa o jornal Valor Econômico. A guerra entre Rússia e Ucrânia elevou a incerteza no agronegócio brasileiro, que já vinha de um momento de dificuldade na aquisição desses produtos e aumento nos custos de produção.

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Terminal de fertilizantes em Paranaguá (PR). Brasil quer reduzir a dependência externa do insumo (Foto: Manoel Marques/Ed. Globo)

 

De acordo com o Valor, o documento com o Plano Nacional vinha sendo elaborado desdes 2021 e passa pelos ajustes finais, em Brasília (DF). Sem o política que incentive a produção e, em meio ao cenário de guerra, a tendência é essa vulnerabilidade aumentar. Já com o plano, a expectativa é de reduzir a dependência externa.

Ainda conforme a reportagem, o plano, cujo documento está sendo preparado pela Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência de República, não visa alcançar a autossuficiência na produção de adubo. Mas evitar riscos à segurança alimentar decorrente da dependência externa. O Brasil compra de fora mais de 80% dos fertilizantes usados no campo.

O Valor informa que o texto em revisão não menciona a defesa da exploração mineral em terras indígenas. O assunto foi comentado, recentemente, pelo presidente Jair Bolsonaro, que é favorável ao projeto, em tramitação no Congresso Nacional.

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Reduzir dependência externa de fertilizantes envolve obstáculos para o Brasil

 

O plano prevê a redução da dependência dos fertilizantes importados pelos próximos 30 anos. Prevê também a atuação da Embrapa, com seu conhecimento científico, para estimular a economia do uso do insumo nas fazendas do Brasil.

"As principais reservas nacionais, segundo o plano, estão em Sergipe e no Amazonas e correspondem a apenas 3% dos estoques mundiais. Entre as metas estipuladas está a de elevar a produção nacional de óxido de potássio a 6 milhões de toneladas até 2050, em termos de capacidade instalada", destaca o Valor, na reportagem.

Outras diretrizes do plano nacional, de acordo com a reportagem, é criar linhas de fomento à produção de fertilizantes. E estímulos para a finalização da obra da fábrica localizada em Três Lagoas (MS), negociada, recentemente, com a empresa russa Acron. O plano menciona também as necessidades de investimento em infraestrutura para a logística do adubo no Brasil. 
Source: Rural

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