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A guerra entre Rússia e Ucrânia, que, nesta segunda-feira (7/3), chegou ao 12º dia, aumentou a preocupação com a oferta e demanda de fertilizantes. O Brasil importa 85% do que produz e tem os russos entre os principais fornecedores. Reduzir essa dependência significa percorrer um caminho com uma série de obstáculos e pautas polêmicas.

Para a analista de mercado da consultoria AgRural, Daniele Siqueira, a redução da dependência brasileira pode levar décadas e tudo depende de quanto o país quer reduzir as compras externas. Em contrapartida, precisará aumentar sua produção interna de fertilizantes, especialmente do potássio, um dos nutrientes mais demandados pela agricultura brasileira e muito usado para o plantio de leguminosas, como soja e feijão.

"O Brasil é mais dependente da importação do potássio e é no potássio que nós temos a possibilidade de ter um aumento maior na produção local, devido às jazidas que existem na região amazônica. E o fósforo e nitrogênio, do qual temos uma dependência um pouco menor, teria sim como aumentar a produção interna, mas seria mais difícil devido à complexidade da exploração. O fósforo fica em jazidas mais profundas, o que exige um custo de exploração maior, além de outras questões técnicas que envolvem a mineração. No caso dos nitrogenados, precisaríamos de um aumento na produção de gás natural para ter mais fertilizantes desse tipo, bastante importantes para a produção de gramíneas, como milho, arroz e cana-de-açúcar.

O tema foi abordado na estreia do novo CBN Agro, que a partir desta segunda-feira (7/3) vai ao ar em rede nacional todos os dias, às 5h45, na rádio CBN. Dê o play e ouça a íntegra do episódio, também disponível em todas as plataformas de podcasts.

Brasil é dependente do fertilizante importado (Foto: Thinkstock)

 
Source: Rural

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