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Uma nova espécie de cochonilha – inseto parasita de pequeno porte responsável por atacar goiabeiras – foi identificada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em uma propriedade rural próxima a Manaus (AM). O órgão alerta para os riscos de disseminação da praga e prejuízos às plantações nacionais, sendo o Brasil um dos principais produtores mundiais da goiaba.

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Diferentes aspectos da incidência da cochonilha. A e B) colônias formadas nas partes mais sombreadas; C e D) colônias sobrem para os caules; E) destruição da casca e do lenho; F) colônias atingem os ramos superiores; G) a planta passa a produzir brotações debilitadas; e H) morte dos ramos (Foto: Divulgação/Embrapa/Luadir Gasparotto)

 

Os pesquisadores da Embrapa identificaram o inseto como sendo do grupo exótico Capulinia linarosae, de ocorrência comum na Venezuela. É a primeira vez que a espécie é registrada no Brasil e, até o momento, não há indícios de proliferação em outros estados brasileiros.

Em relatório publicado pela Embrapa Amazônia Ocidental, o órgão explica que o parasita ataca as goiabeiras destruindo seus ramos, suas folhas e os frutos. A cochonilha começa o ataque na região sombreada da base do tronco e se estende caule acima. Multiplicando-se, os insetos vão destruindo a casca e as partes superficiais do lenho. Quando a colônia atinge os ramos superiores, as plantas passam a ter brotações fracas e os seus ramos morrem. Segundo os especialistas, a infestação é de difícil controle e tem potencial de levar prejuízo econômico a diversos produtores.

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Dado que o Brasil é um dos maiores nomes na produção da goiaba, a Embrapa afirma que a descoberta já foi divulgada para as agências de defesa fitossanitária nacionais a fim de se evitar o crescimento da praga. Em resposta ao órgão de pesquisa, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) aponta que “o risco de dispersão existe, mas ainda não há estudos sobre a abrangência da praga nem de sua real capacidade de dispersão na região”.

Ainda segundo o Mapa, como não é clara a abrangência da Capulinia linarosae na região, ela não tem potencial quarentenário – isso é, não pode causar danos econômicos agravantes. Por isso não foi criado um programa de controle oficial na contenção da espécie.

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Apesar disso, a Embrapa recomenda como medida preventiva às cochonilhas, a vistoria periódica das goiabeiras, em especial, daquelas que foram notificadas como infectadas pela praga. No caso dessas unidades que já apresentaram a presença dos insetos, o órgão sugere a aplicação da suspensão contendo o óleo mineral dirigida para as colônias formadas nas estruturas da planta.

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Source: Rural

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