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Confira os destaques desta terça-feira (22/2)

Destaques do Dia (Foto: Estúdio de Criação)

Preços do trigo, soja e milho

Os contratos futuros de trigo em Chicago dispararam 6% nesta terça-feira (22/02), na alta diária mais acentuada em 3 anos e meio, enquanto o milho subiu 3%, devido a preocupações de que a escalada das tensões entre a Rússia e a Ucrânia poderia interromper os fluxos de grãos da principal região de exportação do Mar Negro. Os mercados de grãos têm sido sensíveis aos desenvolvimentos do impasse de Moscou com o Ocidente em relação à Ucrânia, uma vez que os dois países respondem por uma parcela significativa da oferta mundial de exportação de trigo e milho.

Traders estão avaliando o impacto de novas medidas do Ocidente para impedir uma nova incursão russa na Ucrânia (Foto: Agnelo França Correia/Arquivo Pessoal)

Preço do café, açúcar e petróleo avança

Os contratos futuros de açúcar bruto na ICE subiram nesta terça-feira (22/02), com o aumento das tensões Rússia-Ucrânia impulsionando os preços da energia, enquanto o contrato spot do café robusta subiu quase 5% em um provável short squeeze. Os preços do petróleo atingiram seu maior patamar desde 2014 na terça-feira (22/02), depois que Moscou disse que poderia mover tropas para duas regiões separatistas no leste da Ucrânia. O aumento dos preços da energia também pode levar as usinas de cana-de-açúcar no Brasil a desviar a produção do açúcar para o etanol, um biocombustível à base de cana.

Produção de açúcar na Costa Rica (Foto: REUTERS/Juan Carlos Ulate)

Alta no preço da carne bovina

O preço da carne bovina teve um aumento de 146,23% nos últimos dois anos, valor que indica uma diferença de 133,70% em relação à inflação. A variação coloca a carne como o produto que teve maior alta no período, de acordo com um estudo do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT) divulgado na última semana. De acordo com a pesquisa, o quilo da carne bovina nos últimos dois anos passou de R$ 19,90 para R$ 49. O aumento ajuda a compreender a queda no consumo de carne no Brasil, que é o menor em 25 anos, segundo dados da Conab divulgados em 2021.

Carne bovina tem aumento de 133% acima da inflação (Foto: Thinkstock)

Gás produzido do esterco de vacas

A Clean Energy Fuels, uma grande distribuidora da Califórnia de gás natural feito a partir de resíduos, encontrou uma maneira de aumentar seus ganhos em mais de US$ 70 milhões trocando o principal biocombustível que fornece para abastecer carros e caminhões por um gás quimicamente idêntico, mas produzido a partir do esterco de vacas. Ao todo, 116 instalações desse tipo já operam atualmente nos EUA e outras 121 são planejadas ou estão em fase de construção, de acordo com a Coalition for Renewable Natural Gas, uma organização sem fins lucrativos que promove o gás produzido a partir de resíduos.

Em fazendas leiteira, o esterco de vacas pode ser utilizado na produção de combustível (Foto: Rogério Cassimiro/Ed. Globo)

Recorde em embarque de soja

A companhia de commodities agrícolas ADM anunciou nesta terça-feira (22/02) que realizou o maior embarque de soja da história do Terminal de Grãos Ponta da Montanha (TGPM), instalado em Barcarena (PA), com 84.802 toneladas em um único navio. A embarcação graneleira MV Harvest Frost, que é de propriedade da ADM, possui 237 metros de comprimento e 40 metros de largura. O navio zarpou na última semana com destino ao porto de Roterdã, na Holanda, onde a empresa também possui um terminal.

O carregamento também representa o maior volume embarcado em um navio de grãos em portos da Bacia Amazônica (Foto: REUTERS/Rodolfo Buhrer)

Projetos sobre preços de combustíveis

O Senado Federal deve votar nesta semana projetos que tratam dos preços dos combustíveis. Está na pauta da sessão de quarta-feira (23/2) a votação do Projeto de Lei 1.472/2021, que, além de estabelecer diretrizes para os valores cobrados de gasolina, diesel e gás de cozinha, cria um mecanismo de estabilização dos preços e institui um imposto sobre o petróleo bruto. Utilizado para custar a conta de estabilização, o imposto sobre exportação de petróleo bruto estabelece diversas alíquotas, relacionadas a diversos níveis de preço do óleo no mercado internacional. A medida que o preço do aumenta, a incidência do tributo é maior.

Projeto em tramitação no Senado prevê mecanismos que tragam estabilidade para o mercado de combustíveis (Foto: Agência Brasil)

Criação de peixe

A produção de peixes de cultivo (tilápia, peixes nativos e outras espécies) no Brasil cresceu 4,7% em 2021, somando 841.005 toneladas, e movimentou R$ 8 bilhões, segundo levantamento da Associação Brasileira da Piscicultura (PeixeBR) divulgado nesta terça-feira (22/2). Desde 2014, quando a entidade passou a apurar os dados, o crescimento do setor foi de 46%, uma média de 5,6% ao ano. O Paraná permanece como o maior produtor, com 188 mil toneladas, sendo 182 mil só de tilápias, seguido por São Paulo, Rondônia, Santa Catarina e Minas Gerais.

Tilápia (Foto: Shutterstock)

Redução do IPI

O governo federal estuda reduzir em até 25% a alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), tributo federal que incide sobre os artigos industrializados, nacionais ou importados, à venda no país. Segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, a intenção é estimular a atividade econômica, diminuindo custos que o setor produtivo acaba por repassar ao consumidor final. “Vamos reindustrializar o país”, afirmou Guedes ao participar, hoje (22/02), em São Paulo, de evento promovido pelo banco BTG Pactual.

O responsável pela pasta, o ministro Paulo Guedes, afirma que a mudança fará os preços finais também diminuírem para os consumidores (Foto: Agência Brasil/Antônio Cruz)

Uvas adaptadas

Com vinhedos localizados em uma região de clima tropical semiárido que permite duas colheitas por ano para a produção de vinhos tropicais, o Brasil sai na frente na adaptação das variedades de Vitis vinífera às mudanças climáticas. A análise é de Giuliano Pereira, pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, que estuda a cultura há 24 anos. Pereira destaca que o Brasil, mesmo sendo novo no mercado milenar dos vinhos finos, leva vantagem também por ter duas outras macrorregiões de produção vinífera com manejos diferentes que garantem o enfrentamento de quaisquer efeitos danosos de um eventual aquecimento global e de mudanças climáticas drásticas.

Além do Vale do São Francisco, o Brasil produz vinhos finos na região sul do país, cultivo mais tradicional e responsável por cerca de 80% do vinho nacional (Foto: Divulgação/Embrapa)

 
Source: Rural

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