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Pelo menos 730 mil hectares de área, principalmente na região de Corrientes, na Argentina, foram atingidos por incêndios, que afetam também a produção agropecuária, de acordo com informes oficiais, associações de produtores e a imprensa local. Apenas no sábado (19/2), ao menos 17 focos de incêndio davam trabalho às brigadas antifogo, que trabalham no combate às chemas.

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Brigadistas combate fogo na região de Corrientes, Argentina (Foto: Pepe Mateos/Agência Télam)

 

De acordo com o governo de Corrientes, a maior parte das áreas atingidas nas província é de florestas plantadas, mas também há danos em florestas nativas, fauna, flora e a produção. "Temos 730 mil hectares queimados. O dano é gravíssimo", disse o governador de Corrientes, Gustavo Valdés, de acordo com o site argentino Infocampo.

Ainda de acordo com a reportagem, a região da província foi declarada área de desastre ecológico e ambiental, diante da magnitude do avanço do fogo. "Vemos que o a mudança climática está nos atingindo com força e estamos usando todos os esforços humanos, mas estamos em uma catásrofe", resumiu o governador, segundo a publicação.

Imagem publicada por lideranças rurais da Argentina, relatando o trabalho conjunto de agricultores no combate aos incêndios que atingem o país (Foto: Confederaciones Rurales Argentinas)

Nas redes sociais, Gustavo Valdés informou ainda que mais de 2,6 mil bombeiros e brigadistas, com apoio de aviões, helicópteros, caminhões, além de 97 grupos privados estão trabalhando no combate às chamas. Em postagens sobre a situação, disse ainda que pediu ajuda aos Estados Unidos e agradeceu o apoio de autoridades brasileiras.

Segundo a agência pública argentina Télam, a área atingida pelo fogo corresponder a 9% do território de Corrientes. À agência, bombeiros que trabalham no combate ao fogo relataram que a seca que atinge a região ajuda a aumentar a intensidade do fogo, dificultando o acesso à água e o combate às chamas com aviões e caminhões.

"A seca favorece a dispersão das chamas e quando terminamos de trabalhar em um foco, levantamos a cabeça e já vemos outra dezena ao nosso redor, crescendo em todas as direções", diz o brigadista, de acordo com a Télam.

Gustavo Valdés, governador da província de Corrientes. (Foto: Governo de Corrientes/Redes Sociais)

 

Produtores preocupados

A situação de Corrientes deixou em estado de alerta as representações do agronegócio argentino. O Conselho Federal de Agropecuária se reuniu com representantes das províncias de Corrientes, Entre Ríos, Chaco y Missiones, além de lideranças para tratar do assunto.

De acordo com o comunicado do Ministério da Agricultura da Argentina, durante o encontro, autoridades disseram que os bancos já colocaram linhas de crédito com taxas mais baixas a disposição dos produtores que tiveram áreas atingidas pelo fogo. Os recursos poderão ser usados, entre outras coisas, para reconstrução de estruturas danificadas e compra de alimentação para a criações.

O Ministério destaca ainda que foi feita uma reunião da Comissão Nacional de Emergências e Desastres Agropecuárias. A instituição recomendou que fosse declarado estado de emergências nas áreas das províncias de Corrientes, Formosa, Chaco, Entre Rios e Buenos Aires.

Na província de Formosa, por exemplo, entre os setores mencionados como pontos de preocupação, estão pecuária e apicultura, além de culturas como milho, banana, algodão, mandioca e batata. Em Entre Rios, as altas temperaturas e incêndios estão afetando milho, sorgo, pecuária bovina e ovina, além de hortaliças, citros e produtos florestais, segundo o informe divulgado pelo Ministério.

Reunião de Comissão Agropecuária discutiu consequências dos incêndios sobre a produção da Argentina (Foto: MAGyP/Governo da Argentina)

 
Source: Rural

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