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A Scania anunciou nesta sexta-feira (18/2) a conclusão da sua primeira venda de caminhões movidos a gás natural liquefeito (GNL), o que amplia a autonomia de seus veículos movidos a gás de 500 quilômetros para até 1,3 mil quilômetros. Pioneira neste segmento no país, a empresa registrou a venda de 500 veículos movidos a gás natural e biometano em 2021, o que representa 2,8% do volume total de caminhões vendidos no último ano.

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Caminhão da Scania movido a GNL tem o dobro de autonomia quando comparado ao GNC (Foto: Divulgação)

 

“Ainda é um percentual pequeno, mas já estamos na metade ou um pouco mais do percentual da Scania na Europa, onde o mercado de gás é muito desenvolvido”, destacou o diretor comercial da empresa no Brasil, Silvio Munhoz.

Segundo ele, a demanda por veículos a gás tem apresentado “crescimento exponencial” desde o seu lançamento no país, em 2019. “Saímos de uma venda irrisória, marginal, e o interesse começou a crescer exponencialmente nos levando gradativamente à mesma participação das vendas que a Scania tem na Europa”, completou o executivo.

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A baixa autonomia dos caminhões a gás era um dos principais desafios a serem vencidos pela empresa, uma vez que o retorno do investimento feito nesses veículos depende da quilometragem rodada e, consequentemente, da economia no uso de combustível. “É um equipamento que hoje ainda precisa ser colocado sob projeto, precisa ser um equipamento que roda e que produz porque a economia está no custo do combustível, então quanto mais ele rodar, mais viável ele é”, avalia o diretor geral da Morada Transportes, André Leopoldo e Silva.

A empresa foi a primeira a adquirir os caminhões movidos a GNL da Scania com o intuito de ampliar o seu raio de atuação com veículos a gás. “Hoje o principal desafio são os pontos de abastecimento então esses caminhões entram sempre em rotas que essa alternativa está disponível e vamos fazer o mesmo com o GNL. Vamos até o limite ver qual a autonomia desse caminhão e quais rotas a gente pode atender e oferecer aos nossos clientes”, completa o executivo.

No caso dos novos caminhões, movidos a gás natural liquefeito, a empresa montou uma estrutura própria de abastecimento e conta com um parceiro-fornecedor do combustível.

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Do lado da manutenção e da assistência técnica, a Scania também precisou se adaptar, segundo explicou o diretor de Serviços da companhia no Brasil, Marcelo Montanha. De acordo com ele, há um “estigma” de que o GNL seja perigoso devido ao risco de explosão quando, na verdade, “o combustível em si é tão seguro ou até mais do que o diesel se for bem tratado e bem mantido”.

“Nesse sentido fizemos investimentos na nossa rede para preparar pro atendimento com alguns cuidados especiais. Por exemplo, os locais de atendimento a caminhão a gás têm que ser abertos ventilados para não ter concentração de material”, explica Montanha.

Os técnicos também passam por certificação especial e os veículos, antes de passarem por manutenção, precisam ter seus tanques esvaziados. “É uma manutenção simples, é tranquilo, tem alguns cuidados especiais e uma série de protocolos adicionais. Nada muito especial, nada muito sofisticado, mas tem um cuidado especial realmente para esses veículos”, completa o executivo.

Source: Rural

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