Skip to main content

A indústria do Brasil solicitou à Rússia, durante missão ao país, uma ampliação no prazo de exportação pela cota de 100 mil toneladas para carne suína, e a aceleração na liberação de licenças para que o produto possa ser embarcado, disse nesta quinta-feira (17/02) a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).

Segundo a entidade, que representa alguns dos maiores frigoríficos brasileiros como JBS, BRF e Aurora Alimentos, a cota atual possui vigência até junho deste ano, e a ideia é que a validade seja estendida até o final de 2022.

LEIA TAMBÉM: ABCS – oferta e custo alto determinam pior relação de troca da história a produtor

 

Criação de suínos (Foto: REUTERS/Tom Polansek)

 

"Na reunião do Conselho Empresarial Rússia-Brasil, em Moscou, colocamos alguns pontos como o fortalecimento de relações nas proteínas animais", disse o presidente da ABPA, Ricardo Santin, à Reuters.

"E (também) viemos pedir agilidade na emissão de licenças para cumprir essa cota de 100 mil toneladas, já que o Brasil é o único habilitado para usar essa cota no momento, Estados Unidos e União Europeia não estão participando", acrescentou.

O diretor de mercados da ABPA, Luis Rua, explicou que concorrentes do Brasil na exportação de carne suína, como União Europeia e EUA, possuem plantas habilitadas para embarcar à Rússia, porém, "há limitações de ordem política e geopolítica que fazem com que, na prática, essas unidades não possam enviar os produtos".

saiba mais

China prevê alta de 15% na produção de carne até 2025

Setor pede redução da alíquota do ICMS para conter prejuízos na suinocultura em MT

 

Neste cenário, disse ele, o Brasil aparece como talvez o grande fornecedor que tenha capacidade de fazer valer esta cota. Rua ainda afirmou que a maneira dos russos controlarem os embarques que fazem parte da cota é emitindo licenças aos importadores que pretendem adquirir a proteína.

As licenças são emitidas pelo governo, afirmou Rua, e os entraves logísticos globais têm tornado o processo de exportação mais demorado. "Essas licenças precisam ser emitidas mais rapidamente."

Para o executivo, postergar a validade da cota seria o cenário ideal – ou até aumentá-la, a depender da demanda dos russos – e se ela não for postergada, "definitivamente, seria necessário que se acelerassem a emissão dessas licenças", dada toda a dificuldade logística para que o produto chegue na Rússia.

Quer ter acesso a conteúdos exclusivos da Globo Rural? É só clicar e assinar!​
Source: Rural

Leave a Reply