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Após cair mais de 24% em 2020, a participação do food service nas vendas da indústria de alimentos e bebidas apresentou retomada em 2021, ano em que foi iniciada a campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil. As vendas para bares e restaurantes somaram R$ 176,3 bilhões, crescimento de 26% ante o registrado no primeiro ano de pandemia, segundo números divulgados nesta terça-feira (15/2) pela Associação Brasileira da Indústria de Alimentos (Abia).

 

Indústria de alimentos teve crescimento em 2021. Demanda por alimentos segue aquecida, diz a Abia (Foto: Getty Images)

 

“É um dado importante pra nós porque significa que a vida está voltando ao normal. As pessoas estão voltando a circular, os estabelecimentos já estão todos praticamente funcionando e esse crescimento de pessoas se alimentando fora de casa nos mostra que a vida está voltando ao normal, como ela era antes da pandemia”, comemorou o presidente executivo da Abia, João Dornellas, ao recordar que em 2019, antes da pandemia, o consumo de alimentos fora de casa chegou a representar 33% das vendas do setor, com uma taxa de crescimento de 6% a 7% ao ano.

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Descontada a inflação, as vendas reais da indústria de alimentos e bebidas cresceram 3,2% no último ano, resultado semelhante ao observado em 2020. Segundo Dornellas, a demanda por alimentos segue aquecida, mas os resultados foram limitados pelo alto custo e, em alguns casos, escassez de matérias-primas.

“A gente usa embalagem, matéria-prima, energia para transformar a matéria-prima, petróleo para transportar esse produto até o varejo e todos esses índices afetam de maneira importante o custo final dos alimentos no Brasil e no mundo”, destacou o executivo.

Com a safra de grãos 2021/2022 ainda em andamento, a Abia crê em uma possível queda dos preços agrícolas após a colheita deste ano, cuja previsão este mês passou de 284,394 milhões de toneladas para 268,223 milhões de toneladas – um corte de 5,7% realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

“Se não tivéssemos vivido esse período de estiagem tão grande que vimos ultimamente, essa safra seria ainda melhor. Mas mesmo com geada e condição de seca, tudo está nos indicando que a safra vai ser recorde e isso é muito bom”, avalia o presidente executivo da entidade.

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Nas exportações, o setor bateu recorde no último ano, com US$ 45,2 bilhões vendidos – crescimento anual de 18,6%. O resultado foi puxado principalmente por carnes (+15,5%), açúcares (+5,4%) e derivados de soja (+24%). “A proteína animal é algo que o Brasil realmente está dando um show no planeta e exportando muito porque tem qualidade e produtos muito reconhecidos no mundo inteiro”, comentou Dornellas. Ao todo, o complexo carnes gerou US$ 19,9 bilhões em exportações em 2021, 44% do total registrado no último ano.
Source: Rural

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