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O dólar devolveu ganhos iniciais e caía contra o real nesta segunda-feira (14/02), refletindo a percepção de ambiente doméstico atraente, enquanto investidores de todo o mundo freavam ligeiramente sua fuga para a segurança conforme avaliavam a perspectiva de possível ataque russo à Ucrânia.

Os Estados Unidos disseram no domingo que a Rússia pode invadir sua vizinha a qualquer momento e criar um pretexto surpresa para um ataque, embora Moscou negue tais planos e acuse o Ocidente de "histeria".

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Cédulas de 50 reais e de 10, 20 e 50 dólares (Foto: REUTERS/Ricardo Moraes)

 

A Rússia tem mais de 100 mil soldados concentrados na fronteira com a Ucrânia, e Washington tem dito repetidamente que uma invasão é iminente. Os mercados internacionais mostraram movimento amplo de fuga para a segurança mais cedo nesta segunda-feira, em meio ao contexto geopolítico, embora já tenham moderado ligeiramente a cautela.

Enquanto isso, investidores têm apontado para o bom desempenho dos ativos brasileiros neste início de ano. Na sexta-feira passada, embora tenha fechado com variação positiva de 0,07%, a 5,2428 reais, o dólar registrou seu quinto declínio semanal consecutivo em relação à divisa doméstica.

Participantes do mercado têm atribuído a performance do real à percepção de que o Brasil está atrativo para novos fluxos de dinheiro estrangeiro, com o patamar elevado dos juros básicos aumentando a rentabilidade do mercado de renda fixa local.

A taxa Selic está atualmente em 10,75% ao ano, e a mais recente pesquisa semanal Focus, do Banco Central, projeta que ela encerre este ano em 12,25%. O dólar chegou a subir 0,48% na máxima do dia, a 5,2680 reais, mas já devolveu completamente esses ganhos. Às 10:15 (de Brasília), o dólar à vista recuava 0,64%, a 5,2091 reais na venda. Na mínima do dia, a divisa caiu 0,72%, a 5,2046 reais.

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Na B3, às 10h15 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 0,88%, a 5,2265 reais. No exterior, o índice da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis rivais avançava 0,29%, desacelerando os ganhos em relação às máximas do dia.

Enquanto isso, o dólar australiano, muitas vezes tido como uma "proxy" de demanda por risco, desvalorizava-se 0,27%, a 0,7116 dólar norte-americano, recuperando-se ante os menores patamares da sessão.

Moedas consideradas refúgios em tempos de incerteza, como iene japonês e franco suíço, rondavam a estabilidade, depois de avançarem com força mais cedo, enquanto os rendimentos dos títulos dos EUA abandonaram quedas iniciais, sinal de esfriamento da demanda por segurança.

Os futuros de Wall Street desaceleraram a queda acentuada registrada mais cedo, embora as principais bolsas europeias continuassem profundamente em território negativo nesta segunda-feira. [.NPT] [.EUPT]

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Segundo nota matinal da XP, as tensões sobre a Ucrânia devem continuar no centro das atenções ao longo dos próximos dias, com destaque para seus impactos sobre os preços das principais commodities e na volatilidade de ativos financeiros.

A corretora também apontou a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, na quarta-feira, como um dos principais eventos da semana, conforme investidores buscam por indicações da magnitude do aumento de juros que o banco central provavelmente realizará em março.

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Source: Rural

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