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A Basf anunciou, nesta terça-feira (1/2), o lançamento de um sistema para a produção de arroz, que, de acordo com a empresa, estará disponível para os agricultores do Rio Grande do Sul e Santa Catarina na safra 2022/2023. A tecnologia, chamada de Provisia, promete controlar de forma mais eficiente as plantas daninhas arroz-vermelho e capim-arroz. Já foi lançada nos Estados Unidos, será disponibilizada com exclusividade por meio da marca de sementes híbridas Lidero, com tolerância ao herbicida que leva o nome da nova tecnologia.

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Basf não infomou qual será o preço da tecnologia para o produtor de arroz (Foto: Paulo Rossi/Ed. Globo)

 

José Mauro Guma, gerente de Sementes de Arroz e Trigo de Soluções para Agricultura da Basf, disse, em entrevista coletiva, que o objetivo é estabelecer novos patamares de produtividade para a cultura. Segundo ele, na safra passada, os híbridos de arroz, que agora passam a ter a nova tecnologia, tiveram rendimento 25% maior na lavoura.

"A disponibilização de novas cultivares, desta vez com a tecnologia Provisia, reforça o compromisso de entregar soluções cada vez mais completas e conectadas para os rizicultores do país. Investimos e estamos trabalhando muito nos ensaios para que os híbridos de arroz também possam expressar patamares de produtividade semelhantes ou superiores aos obtidos na última safra."

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Enio Marchesan, engenheiro agrônomo da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e especialista em arroz, disse que, nos últimos 40 anos, a cultura evoluiu de uma produtividade de 4.000 kg por hectare para os atuais 9.000 kg. Segundo ele, a introdução na sequência da soja RR, que permitiu o uso do glifosato, potencializou o uso das áreas de arroz para outras culturas de sequeiro, beneficiando o solo e aumentando a rentabilidade do agricultor.

“Para se manter no arroz, o produtor precisa necessariamente investir na rotação com outros cultivos como soja, milho, forrageiras de verão e inverno, cereais de inverno, plantas de cobertura, manejo de solo e integração lavoura-pecuária”, explicou.

Com o lançamento do Provisia, a recomendação da Basf é integrar a nova tecnologia com a Clearfield – também da empresa e lançada na safra 2003/2004 – com diversificação de culturas e rotação em três anos. Outra recomendação é aplicar o herbicida duas vezes antes da entrada da água na lavoura de arroz.

O gerente de Desenvolvimento de Mercado da multinacional, Sergio Silva, destacou que o Provisia faz parte do investimento global da Basf, de 900 milhões de euros ao ano em pesquisa e desenvolvimento.

Questionada por Globo Rural, a Basf não revelou os preços a serem cobrados do produtor nem especificou os patamares de produtividade prometidos com a nova tecnologia. Os executivos pontuaram apenas que o custo com uma nova tecnologia tende a ser compensado pelo retorno financeiro ao agricultor.
Source: Rural

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