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A produção mundial de rações aumentou 2,3% em 2021, para 1,235 bilhão de toneladas, aponta a 11ª pesquisa "Perspectivas do Setor Agroalimentar da Alltech para 2022", divulgada pela companhia global de nutrição animal.

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Na imagem, gado consome ração feita com trigo no RS (Foto: Divulgação)

 

Os principais países produtores de ração em 2021 foram China (261 milhões de toneladas); Estados Unidos (231,5 milhões de t); Brasil (80,09 milhões de t); Índia (44,05 milhões de t); México (38,85 milhões de t); Espanha (35,58 milhões de t); Rússia (33 milhões de t); Turquia (25,3 milhões de t); Japão (24,79 milhões de t) e Alemanha (24,5 milhões de t).

Esses dez países, somados, representam 65% da produção mundial de ração, diz a Alltech, em nota. "Os números mostram ainda que a produção de ração desses países aumentou em 4,4%, em comparação com o crescimento global de 2,3%". A pesquisa, que é feita anualmente, inclui dados de mais de 140 países e mais de 28 mil fábricas de ração.

A Alltech destaca ainda, a China, que teve o maior aumento na produção em 2021 ante 2020, com 8,9% de crescimento. "A tonelagem de ração comercial aumentou, impulsionada em particular pelo crescimento e pela contínua modernização do setor de suinocultura", diz a nota.

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Após a séria crise de peste suína africana (PSA) na China, que dizimou pelo menos metade do seu plantel, o gigante asiático passou a investir em criações modernas de suínos a fim de evitar novas contaminações e que substituíram aquelas granjas "de fundo de quintal", que eram predominantes na suinocultura chinesa.

Desta forma, segundo a pesquisa, a produção de ração suína aumentou significativamente em 2021, na base de 6,6%. "Este crescimento foi impulsionado principalmente pela recuperação da peste suína africana (PSA) na região da Ásia-Pacífico", argumenta a nota. "Japão, Coreia do Sul, Malásia e China demonstraram tal recuperação da PSA, mas Indonésia, Mianmar, Filipinas, Tailândia e Vietnã continuaram a sentir o impacto da doença".

Já o setor avícola experimentou uma ligeira redução na tonelagem de ração para aves poedeiras (queda de 1,4%), enquanto a produção de ração para frangos de corte aumentou (2,3%). Segundo a Alltech, o negócio de aves poedeiras vem enfrentando desafios em muitos países, por causa dos altos custos de matérias-primas, somados aos preços de ovos no varejo estacionados e/ou baixos.

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O setor de frangos de corte, por sua vez, tem sido auxiliado pelo aumento da demanda por proteínas fáceis de cozinhar, já que os restaurantes fecharam durante a pandemia, além de ser uma opção frente ao aumento dos preços de outras proteínas animais. China e Índia foram responsáveis pelos aumentos mais significativos na Ásia-Pacífico. Na América Latina, Peru, Brasil, Paraguai e México contribuíram significativamente para o aumento de 5% da região.

Bovinos de leite também consumiram mais ração globalmente, indica a pesquisa. O crescimento na produção foi de 1,9%. A produção de ração para bovinos de corte caiu 1,9%. A Argentina, por sua vez, observou uma redução significativa na produção de ração para gado de corte em razão da diminuição das exportações, à alta inflação e à desvalorização da moeda local, que também estão afetando o poder de compra dos argentinos, embora as regulamentações de exportação estejam diminuindo e possam impactar as perspectivas da Argentina para 2022.

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Source: Rural

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