Skip to main content

Os números preliminares do Ministério da Agricultura indicam que 2022 será o quarto ano seguido de alta da rentabilidade no campo. As projeções indicam que o Valor Bruto da Produção, que reflete o faturamento dentro das fazendas, deve aumentar 4,5% e atingir R$ 1,164 trilhão.

Leia também: 100 municípios mais ricos do agronegócio no Brasil

O setor de cana-de-açúcar é um dos poucos que devem se expandir em 2022, diante da alta de custos que limita os investimentos nas lavouras (Foto: Editora Globo)

 

Os números sinalizam um crescimento modesto da receita dos produtores rurais em relação aos 21,9% registrados em 2020 e aos 12,3% estimados para 2021. As projeções levam em conta as previsões climáticas que indicam chuvas favoráveis ao desenvolvimento das lavouras.

Os produtores rurais e as indústrias de insumos enfrentaram uma série de problemas no ano passado, devido aos entraves logísticos, como a falta de contêineres, os conflitos geopolíticos que afetaram a importação de fertilizantes, além da alta de custos das matérias-primas, como o aço utilizado pela indústria de máquinas agrícolas.

saiba mais

Preços de alimentos subiram 28% em 2021, indica Índice da FAO

Índice de preços da Ceagesp fecha 2021 com alta acumulada de 3,56%

 

O analista André Pessôa, sócio-diretor da Agroconsult, alerta que, no próximo ano, os produtores rurais terão de redobrar a atenção para garantir um resultado positivo, pois os custos vão subir de uma forma geral. “A inflação chegou ao agro”, diz ele, que prevê um estreitamento das margens e ritmo de expansão menor da produção agrícola, principalmente a soja.

A pecuária, afirma Pessôa, vai se beneficiar em 2022 da maior oferta de soja e milho, e alguns setores, como a cana-de-açúcar e o café, que sofreram em 2021 com as quebras de safra provocadas por estiagem e geadas, vão continuar investindo por causa dos bons preços, que garantem uma boa rentabilidade.

saiba mais

Índice de Commodities do BC cai 0,71% em dezembro, mas sobe 50,72% em 2021

Fluxo cambial tem melhor ano desde 2015 apesar de decepção com saldo comercial

 

Os estudos do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP) mostram que, embora os bons preços da soja tenham garantido uma boa margem em grande parte de 2022, a alta dos preços dos insumos no segundo semestre corroeu os ganhos daqueles que retardaram as compras.

Segundo o Cepea, os produtoresdo Cerrado que realizaram as compras às vésperas do plantio, entre junho e setembro, tiveram um custo operacional efetivo de R$ 4.150 por hectare, enquanto quem comprou entre janeiro e abril gastou R$ 3.751 por hectare. A diferença de R$ 579 representou uma alta no custo de 16,2%.

(Gráfico: Editora Globo)

 

Leia mais sobre Economia
Source: Rural

Leave a Reply