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O ano de 2021 foi de grandes desafios para a indústria de frutas, flores, legumes e verduras. Foram 12 meses de muitos altos e baixos para toda cadeia: de aumento de insumos – dos fertilizantes ao combustível; falta de matéria-prima e embalagens; chuva, seca e geada em períodos e regiões inesperadas; do crescimento do ecommerce, delivery e das dark-stores; das oportunidades de cestas semanais de FLV à retomada do foodservice.

 

Ufa! Certamente um filme passa na cabeça de cada um dos envolvidos. Planejar nunca foi tão difícil e a urgência por respostas rápidas e assertivas nunca foi tão necessária. Contudo, muito se aprendeu e, principalmente, foi sendo colocado em prática: investimentos na modernização da agricultura, uso de tecnologia de ponta, rastreamento da produção, inclusão da sustentabilidade em todo processo, respeito à biodiversidade, ações para redução de água e do desperdício.

Sim, as oportunidades se mostraram maiores que os desafios. Fundos de Investimentos continuam interessados pelo setor, há novas fusões ou aquisições, as exportações de frutas do Brasil atingiram a casa de 1 bilhão de dólares e as empresas estão encontrando caminhos para agregar valor aos seus produtos e se comunicar melhor com o consumidor final.

Um movimento dessa mudança foi o anúncio da aliança entre PMA e United Fresh, entidades globais que representam a indústria de FFLV, para criar a Internacional Fresh Produce Association (IFPA), uma nova associação com legados fortes, que trará uma abordagem estratégica, transformação global pela diversidade que vai ampliar as ações com o varejo, sustentabilidade e tecnologia para mercados específicos de cada país, inclusive promovendo o ‘advocacy” frente aos governos. Essa nova entidade, que começa a representar o setor mundialmente a partir de janeiro de 2022, é uma evolução necessária para o nosso setor.

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Apesar de 2021 ter sido considerado pela ONU, o Ano de Frutas e Hortaliças, sabemos que o consumo por aqui, anda longe do recomendado pelos órgãos de saúde, por isso as campanhas de incentivo ao consumo serão fortalecidas e ampliadas. Queremos cada vez mais a adesão de novos protagonistas do varejo e de fornecedores. Se em 2021 não tivemos o consumo que todos esperavam, vamos seguir buscando esses resultados em 2022, 2023, 2024… aumentar o consumo será sempre meta.

2022 será um ano de retomada sem romantização, ou seja, trabalho duro, nada que surpreenda a quem já está nessa jornada. Mas, o resultado para os que atuam nesse segmento vem com um orgulho gigantesco de estar em uma indústria com propósito tão nobre: construir um mundo mais saudável.

*Valeska de Oliveira Ciré é Country Manager PMA no Brasil, uma associação de produtos agrícolas frescos e flores, fundada em 1949.

**as ideia e opiniões expressas neste artigo são de responsabilidade exclusiva de sua autora e não representam, necessariamente, o posicionamento editorial da revista Globo Rural
Source: Rural

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