Enquanto no Brasil, os grandes rodeios de touros só voltaram em novembro, deixando os peões praticamente todo o ano sem emprego, nos Estados Unidos, as arenas ferveram nas competições da Professional Bull Riders (PBR). E com domínio de brasileiros. Cowboys do Brasil também brilharam na decisão da National Finals Rodeo (NFR). Os destaques do esporte tiveram também o hipismo olímpico e paralímpico nos Jogos de Tóquio, a origem rural de uma estrela do vôlei brasileiro e piloto de Fórmula 1 que resolver fazer um projeto para educar crianças sobre a importância de cuidar das abelhas.
Um dos principais destaques do esporte no ano foi José Vitor Leme, 25 anos, de Ribas do Rio Pardo (MS). O peão superou uma contusão grave que o deixou fora de oito etapas, quebrou vários recordes e conquistou o bicampeonato mundial consecutivo da Professional Bull Riders (PBR) em Las Vegas. Foi o 11º título do Brasil no Mundial disputado desde 1994. A temporada marcou um amplo domínio dos competidores brasileiros, em um ano de rodeios sendo realizados nos Estados Unidos e arenas vazias no Brasil.
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Outro peão que fez história neste ano foi o brasileiro Junior Nogueira, o Testinha, que conquistou também em Las Vegas o Mundial de team roping (pezeiro) da National Finals Rodeo (NFR). Cinco anos antes, ele já tinha sido campeão mundial de all-around (cowboy completo). Globo Rural acompanhou a competição direto de Las Vegas, com a cobertura especial de Felipe Masetti Leite, conhecido como o Cavaleiro das Américas
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Mas o ano não foi apenas de conquistas nas arenas. Dentro delas, a notícia triste foi a morte do paulista Amadeu Campos, de 23 anos, que foi pisoteado por um touro em agosto na disputa da divisão de acesso da PBR em Fresno, na Califórnia, e se tornou a quarta vítima dos rodeios da PBR nos Estados Unidos. Fora das arenas, a morte do locutor Barra Mansa, que foi a voz da Festa do Peão de Barretos por 35 anos, também impactou os fãs de rodeio.
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Teve Jogos Olímpicos em 2021. A disputa deveria ter sido realizada em 2020, mas acabou sendo adiada em um ano por causa da pandemia de Covid-19. Nas competições de hipismo, Globo Rural contou como é feita a preparação dos cavalos de salto, que são tratados como atletas. Nas postas de Tóquio, o país terminou em sexto lugar na final dos saltos por equipes e em 12º lugar no Concurso Completo de Equitação (CCE). Na Paralimpíada, disputada em agosto, o brasileiro Rodolpho Riskalla conquistou a medalha de prata no adestramento.
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Uma atleta brasileira de origem rural foi um dos destaques da seleção feminina de vôlei, que foi vice-campeã olímpica em Tóquio. Carol Gattaz, filha de um produtor rural e apaixonada por cavalos, completou 40 anos em quadra, se tornando a medalhista mais velha entre as brasileiras e foi a única jogadora do Brasil escolhida para compor a seleção dos Jogos.
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O futebol brasileiro também foi impactado pelo agro neste ano, com grandes empresas fechando patrocínios com times como o Corinthians, Juventude e Cuiabá. Além disso, a UPL, fornecedora global de produtos e soluções agrícolas, anunciou uma parceria com a Fundação Fifa para frear o avanço das mudanças climáticas por meio da produção agropecuária sustentável e, na final da Liga Nacional de Futebol Americano (NFL), as “estrelas” nas arquibancadas também vieram do agro.
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O agro colocou um pé no automobilismo também, em 2021. A ATTO Sementes anunciou patrocínio da Stock Car, considerada a principal categoria do automobilismo brasileiro. Na Fórmula 1, a Raízen, empresa do setor de energia anunciou que vai fornecer etanol de segunda geração para a Ferrari em 2022, ano em que a categoria aumentará para 10% a mistura do biocombustível nos tanques das máquinas. Em uma folga das disputas deste ano, o tetracampeão mundial Sebastian Vettel, apoiador da sustentabilidade e do meio ambiente, se juntou a crianças para montar um hotel para abelhas no formato de um carro de corrida.
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Source: Rural