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A colheita de mais de 290 milhões de toneladas de grãos em 2022 prevista pela Conab em meio a uma crise logística internacional e um déficit de armazenagem de mais de 90 milhões de toneladas no país deve pressionar a demanda por caminhões ao longo desta temporada. De acordo com especialistas e empresários do setor, as perspectivas são de falta de veículos e aumento dos custos logísticos.

Filas de caminhões carregados durante colheita de grãos deverá se repetir em 2021/22 (Foto: Editora Globo / Emiliano Capozolli )

 

“Vai faltar caminhão, vaio faltar rodovia, vai faltar porto, entreposto, porque não estamos num estágio de produção maduro ainda, estamos num estágio crescente”, alertou o presidente da Câmara Setorial de Equipamentos para Armazenagem da Abimaq, Paulo Bertolini, durante o 9º Fórum Caminhos da Safra. O evento, realizado virtualmente, contou também com a participação do consultor de logística Antonio Fayet, o diretor de Vendas de Soluções da Scania no Brasil, Silvio Munhoz e o CEO da G10 transportes, Claudio Adamuccio.

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“Estamos aí vislumbrando 2022 onde o mercado vai demandar uma quantidade muitio grande e nós não vamos conseguir suprir – não porque não queiramos, o objetivo é vender cada vez mais, mas simplesmente porque não vamos conseguir ter componentes suficientes para fornecer”, lamentou Munhoz, da Scania. Segundo ele, o país possui capacidade para atender o volume a ser escoado na próxima temporada, mas os gargalos na oferta de novos veículos prejudicarão a renovação da frota com impacto nas margens do setor de transporte rodoviário.

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“O que vai acontece provavelmente é que nós vamos ter caminhões não sendo renovados como deveria ser, no período economicamente viável. Esses caminhões vão prolongar a sua vida útil, rodando mais, fazendo com que o custo operacional suba um pouco – o que pode afetar a rentabilidade dos transportadores”, destacou o executivo. O CEO da G10 transportes, Claudio Adamuccio, reconhece que o aumento da produção preocupa e prevê falta “de um pequeno percentual” nos períodos de maior demanda por frete rodoviário.

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“Além do aumento de safra, temos a antecipação. Ano passado começamos a ter o volume substancial na segunda quinzena de fevereiro. Esse ano vamos ter o aumento da colheita substancial na segunda semana de janeiro. Então ainda vai ter muito produto armazenado e ainda não vendido que vai juntar com a nova colheita”, destaca Adamuccio.

Confira a íntegra do encontro:

Source: Rural

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