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As condições climáticas dos últimos meses levaram o Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus) a reduzir em 10,21%, ou 30 milhões de caixas, a sua estimativa da safra de laranja 2021/22 no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo-Sudoeste Mineiro. A nova estimativa de 264,14 milhões de caixas foi divulgada nesta sexta-feira (10/12) e também apresenta um recuo de 1,39% em relação ao volume projetado em setembro. Na comparação com a safra 2020/21, quando foram colhidas 286,7 milhões de caixas de 40 kg, o tombo é de 7,8%.

Safra de laranja deve ser menor (Foto: Editora Globo)

 

A colheita da variedade Pera Rio deve atingir 74,87 milhões de caixas, uma redução de 4,05% em relação à estimativa de setembro. Já a estimativa para a Valência é de 97,26 milhões de caixas, uma queda de 0,28%.

De maio a novembro de 2021, as chuvas ficaram 31% abaixo da média considerando todo o parque citrícola, com déficit em 11 das 12 regiões. No  Triângulo Mineiro, o déficit foi de 3%, mas nas regiões paulistas a queda de chuvas foi mais acentuada com déficit de 51% em Votuporanga; 50% em Limeira; 42% em Duartina e Avaré; 35% em Brotas; 30% em Porto Ferreira e em Itapetininga; 26% em Matão; 18% em Bebedouro e 13% em São José do Rio Preto. A exceção foi a região de Altinópolis, com chuvas 16% acima da média.

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“A seca intensa e as consecutivas geadas observadas em julho prejudicaram o crescimento das laranjas e aumentaram a queda prematura de frutos”, analisa o coordenador da Pesquisa de Estimativa de Safra (PES) do Fundecitrus, Vinícius Trombin, em nota da assessoria. Segundo ele, a estiagem reduziu o nível dos rios e reservatórios a ponto de prejudicar a disponibilidade de água até mesmo para os pomares com sistema de irrigação instalado, que abrangem mais de 30% da área do cinturão citrícola.

A gravidade da seca só começou a diminuir em outubro, único mês desde o início da safra em que as chuvas superaram a média histórica, o que não impediu a queda prematura de frutos, que se acentuou em novembro. A colheita avançou e, em meados de novembro, chegou a 65% da produção total, mas ainda está em ritmo mais lento devido às condições climáticas desfavoráveis e à maior concentração de frutos de segunda florada.

A colheita realizada até novembro foi de frutos miúdos e, apesar da expectativa de melhora no peso de agora em diante em função das chuvas, na média geral, a safra deve se encerrar com laranjas de tamanho bastante atípico, 142 gramas por fruto, 16% menor do que o das últimas cinco safras.
Source: Rural

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