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A estudante e influencer Franciane Andrade, de 23 anos, que denunciou ter sido dopada e estuprada no Rodeio de Jaguariúna, no dia 27 de novembro, afirmou nesta quinta-feira (9/12) que foi desacreditada nas delegacias de Mogi Guaçu (SP) e Jaguariúna (SP) e relatou a preocupação da médica ginecologista que a atendeu ao constatar a gravidade das lesões que indicam violência sexual. Ela fez as declarações ao participar do programa "Encontro com Fátima Bernardes, da TV Globo.

"Ela [ginecologista] ficou impressionada com as lesões, que eram muito graves", disse Franciane, que, até então, vinha apenas se pronunciando por meio de suas redes sociais e advogadas.

Franciane Andrade participou do Encontro com Fátima Bernardes nesta quinta-feira (9/12) (Foto: Reprodução/Globoplay)

 

 

Franciane contou que foi desacreditada ao relatar o ocorrido com ela nos distritos policiais. questinou a forma como fei feito o registro do Boletim de Ocorrência e relatou ter prestado depoimento desacompanhada.

"Fui muito mal recebida na delegacia. Desacreditaram da minha palavra. Relataram o B.O ali do jeito que a escrivã queria, não deu apoio nenhum. Depois que fui lá de novo, que souberam do relato do legista do IML, a Delegada Gisele me ajudou muito, que é de Mogi Guaçu, e agradeço muito a ela também", disse. A jovem relatou que os pais não puderam acompanhá-la.

De acordo com o portal G1, o exame toxicológico não foi solicitado pela Polícia Civil, segundo Gabriela Manssur, promotora e idealizadora do Projeto Justiceiras que acompanha a jovem no caso. Por isso, Franciane fez o teste por via particular, com o auxílio do Projeto. Ainda conforme a promotora, o resultado constatou a presença da substância que dopou a jovem no golpe conhecido como "boa noite, Cinderela".

"Isso foi importante, essa comprovação, porque nós conseguimos no último dia. Conversei com o médico psiquiatra que é especialista em álcool e droga, Artur Guerra, e ele disse que até o sexto dia daria para pegar qualquer tipo de substância", disse Gabriela.

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A promotora afirmou, ainda, que profissionais especializados explicaram a ela que, ao ingerir o "boa noite, Cinderela", a vítima não perde a capacidade motora, mas perde a capacidade psíquica e fica incapaz de reagir a um ataque sexual.

"Por isso, às vezes filmam e falam: 'não, ela estava andando normalmente'. Sim, ela estava andando normalmente, como se estivesse no piloto automático, mas ela não estava nem sabendo onde ela estava, com quem ela estava, o que ela estava fazendo. E depois dá um apagão, e elas não vão se lembrar de muitas coisas, não vão se lembrar de nada”.

*com informações do G1
Source: Rural

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