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A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) informou, nesta quarta-feira (8/12), que está trabalhando com o Ministério da Justiça para coibir o que avalia ser excessos de preço de insumos ao produtor, que chegam a 170% em alguns produtos. “A gente sabe que tem uma conjuntura internacional elevando os preços, mas sabe também que tem revendas que estão segurando o produto que já tinha sido vendido ao produtor e repassando agora com preços exorbitantes”, disse Bruno Lucchi, diretor técnico da entidade.

(Foto: Getty Images)

 

Segundo ele, no caso do glifosato, por exemplo, se o produtor fosse adquirir em outubro o mesmo volume de produto do mesmo mesmo período do ano passado, gastaria 372% a mais em média. Lucchi ressaltou que o produtor ainda não comprou tudo que precisa para a segunda safra 2021/2022, mas a preocupação maior é com a safra 2022/2023, já que boa parte dos agricultores costuma travar os custos no início do ano, mas agora vai ter que analisar o cenário para não ter custos de produção ainda maiores.

O diretor técnico aponta que o risco, no entanto, de faltar fertilizantes é muito baixo, mas o preço será bem maior. Ele afirma ainda que a CNA também trabalha com a Frente Parlamentar Agrícola (FPA) com uma série de projetos de lei para fomentar a indústria doméstica de fertilizantes, já que o país importa cerca de 80% do que usa.

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Safra 21/22 deve ser recorde, com custos entre "os mais altos da história", projeta CNA

 

Segundo avaliação da entidade, a safra 2021/2022 será recorde, mas deve ter um custo de produção dos mais altos da história devido à elevação de preços dos insumos, tendência que deve se manter no próximo ano. As causas desse aumento são problemas logísticos internacionais para transporte dos insumos, queda de produção, custos domésticos de combustível, taxação dos países que abastecem o mundo, a possibilidade de a Bielorrúsia (segundo maior fornecedor de potássio para o Brasil) sofrer sanções econômicas da União Europeia e o câmbio.

Apesar de todos esses problemas, a CNA estima um aumento de 16% no uso de fertilizantes neste ano no país, o que, na visão da entidade, demonstra a tecnificação cada vez maior do produtor.
Source: Rural

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