Skip to main content

A descoberta de uma nova variante do novo coronavírus, causador da Covid-19, tornou-se causa de preocupação mundial, com autoridades de vários países discutindo medidas de restrição de acesso e mercados financeiros pelo mundo encerrando a semana com números negativos, sinalizando temores em relação aos impactos econômicos relacionados ao avanço dessa nova variante.

(Foto: Pexels)

 

 

A Organização Mundial de Saúde (OMS) chamou a variante de Omicron, seguindo o padrão de uso de letras do alfabeto grego para identificar novas cepas do vírus. De acordo com a Organização, é considerada como "de preocupação", principalmente pelo alto risco de reinfecção. Já apresentou mais de 30 mutações na chamada proteína S, responsável pela ação do vírus no organismo humano.

Segundo a OMS, o número de casos da nova cepa está crecendo na maioria das províncias da África do Sul, mas será preciso algumas semanas para se ter uma avaliação sobre sua letalidade. Bem como a eficácia das vacinas usadas atualmente contra ela. A recomendação segue sendo a de usar máscaras de proteção e evitar aglomerações.

saiba mais

ONS projeta reservatórios hidrelétricos do Sudeste com 26,1% de capacidade em dezembro

Bloqueio europeu a commodities deve entrar em vigor já em 2022, avalia ex-adida comercial da França

 

Os países da União Europeia decidiram suspender voos provenientes da África do Sul e de outros seis países do continente. Aqui no Brasil, o Ministério da Saúde emitou um alerta de risco sobre as novas variantes e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) recomendou a suspensão de voos vindos da África, a exemplo de outros países. Em conversa com apoiadores, no entanto, o presidente Jair Bolsonaro disse que o Brasil "não aguenta outro lockdown" e disse que tomará "medidas racionais".

Mercado financeiro e commodities agrícolas

O temor generalizado afetou os mercados pelo mundo. Nas bolsas da Europa, os principais índices encerraram o dia no vermelho. "Com a Europa e algumas partes do norte dos EUA em uma situação problemática devido a um número já alto de novos casos e hospitalizações, essa nova cepa do vírus surge no pior momento possível", disse Peter Garnry, chefe de estratégia de ações do Saxo Bank, à Reuters.

Nos Estados Unidos não foi diferente, com exceção de ações de empresas de saúde. Os principais índices do mercado de ações tiveram retração de mais de 2%, nesta sexta-feira. O movimento pessimista nos mercados acionários internacionais foi acompanhado pelo Índice Bovespa, da Bolsa de São Paulo, que fechou em queda de 3,39%.

 O cenário de aversão a risco levou investidores para o dólar, que fechou o dia em alta de 0,55%, cotado a R$ 5,596 para a venda.

saiba mais

Liberação de carga certificada é 1º passo para retomar exportações de carne bovina à China, diz ministra

 

Nas commodities, o principal destaque foi mercado internacional de petróleo, que chegou a cair mais de 10%. Em Londres, o barril do tipo Brent encerrou o dia com uma perda US$ 9,5 o barril, cotado a US& 72,72, a maior baixa desde abril de 2020, diante da preocupação de que os impactos da nova cepa do coronavírus possar gerar um excedente de oferta. No mercado dos Estados Unidos, o petróleo tipo WTI encerrou com queda de 13,1%, perdendo US$ 10,24 e terminando o dia cotado a US$ 68,15 o barril.

"O mercado está considerando o pior cenário possível, em que essa variante causa grande destruição da demanda", disse Bob Yawger, diretor de futuros de energia da Mizuho, à Reuters.

O movimento negativo foi acompanhado pela maioria das commodities agrícolas nos principais vencimentos no mercado internacional. A soja para janeiro de 2022 na Bolsa de Chicago caiu 13,6 cents e fechou cotada a US$ 12,55 por bushel. Para março do ano que vem, a cotação foi de US$ 12,63, com retração de 14,2 cents. 

O trigo para dezembro de 2021 caiu 11,2 cents em Chicago e ajustou para US$ 8,25 por bushel. Para março de 2022, a queda foi de 10 cents, com o fechamento em US$ 8,40 por bushel. Já o milho teve alta no dia. Dezembro de 2021 fechou cotado a US$ 5,86 por bushel, alta de 7 cents. Março de 2022 ajustou para US$ 5,91 por bushel, valorização de 5,2 cents. 

Na bolsa de Nova York, o algodão para dezembro de 2021 foi cotado a US$ 1,16 por libra-peso, queda de 378 pontos. O vencimento de março de 2022 caiu 400 pontos e encerrou a US$ 1,11 por libra-peso.

O café arábica para dezembro de 2021 foi cotado a US$ 2,43 por libra-peso, com baixa de 245 pontos. Também como 245 pontos de baixa, o arábica para março de 2022 foi cotado a US$ 2,42 por libra-peso.

O contrato do açúcar demerara para março caiu 2,9%, a US$ 0,1935 por libra-peso. Para maio, a queda foi de 3,3%, com o produto cotado a US$ 0,1894 por libra-peso.

*com Reuters e Valor Econômico
Source: Rural

Leave a Reply