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A safra de grãos de 2021/2022 deve bater 298 milhões de toneladas, podendo chegar a 300 milhões, de acordo com projeções da consultoria Agroconsult, apresentadas, nesta quinta-feira (25/11), durante evento promovido pela Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec). "Se o clima ajudar um pouquinho, vamos chegar a 300 milhões de toneladas — a expectativa é bater na trave", afirmou o diretor da consultoria, André Pessoa.

A projeção supera a feita pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), no início deste mês, de 289,8 milhões de toneladas, em relatório de acompanhamento da atual safra. "A ministra Tereza Cristina já dizia que a chance dela entregar um recorde de 300 milhões de toneladas em sua gestão é muito grande", disse Pessoa.

Agroconsult projeta produção de soja em 144,3 milhões de toneladas no ciclo 2021/2022 (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)

 

Ele avaliou que "a safra está indo muito bem, com algumas nuances". O excesso de chuva, entre novembro e dezembro, deve prejudicar a produtividade no Centro-oeste. No Sul, chuvas irregulares e estiagem devem causar perdas de 5% a 35% na produção de certas regiões. O atraso na entrega de adubos também pode ter impacto no milho de segunda safra.

Os custos de produção aumentaram exponencialmente, frisou Pessoa. "Em setembro, o que era uma alta virou uma parede. A soja conseguiu escapar, mas o milho vai pegar em cheio essa alta na safrinha", prevê o consultor.

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Para a safra de soja, a Agroconsult projeta uma produção de 144,3 milhões de toneladas (alta de 5,2%), em área plantada de 40,3 milhões de hectares (+4,2%), com produtividade de 59,7 sacas por hectare. Já a de milho chegará a 124 milhões de toneladas (+5,4%), com o plantio em 20,8 milhões de hectares (+44,5%), de acordo com a previsão. "Nós temos uma chance muito grande de recuperar as perdas da última safrinha e superar 90 milhões de toneladas", pontuou Pessoa.

No caso do algodão, o clima favoreceu a soja precoce e abriu espaço para a segunda safra em Mato Grosso, principal produtor nacional. A safrinha de algodão começa a ser colhida entre dezembro e janeiro na Bahia e no Centro-oeste. "A fibra teve muito incentivo financeiro neste ano", acrescentou o analista. A produção deve ser de 3 milhões de toneladas (+21,9%) em 1,6 milhões de hectares (+15,8%).

As exportações e o esmagamento de soja devem crescer, respectivamente, 7,7% e 4% nesta safra. As de milho, 143% e 7,8%. Já as vendas de algodão para o mercado externo tendem a uma alta de 25%.
Source: Rural

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