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A bolsa brasileira (B3) inicia no próximo dia 29 de novembro as negociações com o contrato Futuro de Soja Brasil, de hedge para o grão. Baseado no preço de exportação da commodity no Porto de Santos e liquidação calculada em dólares por tonelada (índice S&P Global Platts), o derivativo foi desenvolvido em parceria com a Bolsa de Chicago (CME).

Navio carregado com soja no porto de Santos (SP). Exportações pelo terminal serão referência para novo contrato de soja na B3 (Foto: REUTERS/Paulo Whitaker)

 

 

“Até agora, para fazer hedge dos grãos negociados, era preciso recorrer à Bolsa de Chicago. A correção entre os preços da soja brasileira e americana sempre foi grande, porém nos últimos anos houve um descolamento, o que dificultou bastante a vida dos agentes da cadeia produtiva brasileira”, observa o superintendente de Commodities da B3, Louis Gourbin.

O investidor terá mais transparência na negociação e precificação da soja, além de um preço aderente à realidade brasileira, de acordo com a Bolsa. O Brasil é o maior produtor e exportador de soja do mundo, com 134 milhões de toneladas de grãos colhidas neste ano. Apesar disso, ainda faltam instrumentos de proteção financeira, segundo os especialistas.

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“O agronegócio brasileiro é uma referência mundial, os nossos produtos precisam refletir isso. O novo derivativo chega para atender essa necessidade e ser uma ferramenta de gestão de risco de preço Brasil. Além disso, é de fácil acesso para os participantes nacionais, só precisa ter uma conta em uma corretora para negociar o novo contrato na B3”, explica Gourbin.

Além do contrato futuro, também estão sendo listadas as opções de compra e venda sobre o novo ativo. O acordo para a criação do produto é fruto da cooperação técnica entre a B3 e o CME Group. "Essa conexão é importante pois traz o mundo para o Brasil e o Brasil para o mundo", afirma Gourbin.
Source: Rural

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