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Os preços do boi gordo ao produtor e da carne bovina mantêm a trajetória de queda neste mês. A arroba do animal para abate caiu quase 10%, de acordo com os pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). Mas as cotações do boi ainda não refletem totalmente no atacado, onde a carne também tem registrado queda, mas em menor intensidade, afirmam os pesquisadores.

Prçeo do boi está caindo, mas ainda reflete pouco na carne no atacado  (Foto: Giovane Rocha / Rally da Pecuária)

 

"O caso do boi gordo, as cotações têm sido pressionadas pelo afastamento de grande parte dos compradores. Esses agentes evitam adquirir grandes lotes de animais, diante da manutenção da suspensão dos envios de carne à China, o maior destino internacional da proteína brasileira", diz o Cepea, em boletim semanal de mercado.

Outro fator, de acordo com os pesquisadores, é a maior oferta de animais em confinamento, ainda que os custos elevados de produção, especialmente com os insumos da ração, estejam elevados, afetando as margens dos pecuaristas.

Neste cenário, o indicador do Cepea para a arroba do boi gordo, com base no mercado de São Paulo, fechou a quarta-feira cotado a R$ 262,90 a arroba. Só no dia, a queda foi de 3,54%. No mês, a desvalorização acumulada é de 9,84%.

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De acordo com os pesquisadores, o preço da carne no atacado reflete não apenas esse aumento de oferta, mas também o menor poder de compra do consumidor no momento atual.

O consumidor ainda sente no bolso. Em setembro, as carnes, de uma forma geral, apresentaram queda de 0,21%, de acordo com o relatório do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado neste mês. Mas no acumulado do ano até setembro, houve aumento de 8,52%. Em 12 meses, de 24,84%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

 
Source: Rural

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