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A sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja),  no Lago Sul, em Brasília, amanheceu nesta quinta-feira cercada sob manifestação de 200 integrantes de organizações ligadas à Via Campesina, que picharam e atiraram tinta contra o escritório, onde também fica a Associação Brasileira dos Produtores de Milho (Abramilho).

"Soja não enche prato. Bolsonaro financia a fome!", destacava uma faixa preta pendurada na fachada do local. A ocupação, com membros fantasiados e portando bandeiras, faz parte da Jornada Nacional da Soberania Alimentar: Contra o Agronegócio para o Brasil não passar fome, de acordo com o MST.

(Foto: Divulgação)

 

“Ao vetar o projeto de Lei Assis de Carvalho II, que traz um programa de auxílio emergencial para a Agricultura Familiar camponesa, eles acabam deixando quem sustenta o Brasil sem política pública alguma", afirmou a ativista Mirele Diovana, do Movimento das Mulheres Camponesas, do Distrito Federal.

A Frente Parlamentar do Agronegócio se posicionou de imediato "contra qualquer ato de vandalismo". Em nota encaminhada à imprensa nesta manhã, declarou que "instigar a animosidade social e/ou entre setores é o que menos precisamos neste momento em que o Brasil tenta resgatar seu crescimento".

Em seu Twitter, o ex-ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles foi mais radical. "Bando de vagabundos do MST e outras entidades terroristas invadiram e depredaram agora cedo a sede da Aprosoja em Brasília! Vai vendo, Brasil", disse ele.

Um dos diretores do MST, Marco Baratto, justificou o ato como busca pela soberania alimentar: "a radical democratização dos processos de organização da produção, comercialização e distribuição de alimentos, que passa pela luta contra o modelo devastador do agronegócio e tem na agroecologia e reforma agrária seus pilares".

Mato Grosso

Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) divulgou nota na qual "lamenta e repudia a ação de vândalos que picharam e depredaram a sede da Aprosoja Brasil, em Brasília, na manhã desta quinta-feira. A diretoria da entidade aguarda as investigações e as devidas providências das autoridades na identificação dos manifestantes."

“ Nós esperamos que as autoridades tomem providências e identifiquem esses vândalos e que eles sejam punidos no rigor da lei. É preciso que se faça justiça para que fatos como este não voltem a se repetir, e que as entidades do nosso país não sejam ameaças”, declarou o vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber.

A Aprosoja Brasil não respondeu à reportagem, mas deve se posicionar oficialmente nesta tarde.

* Atualizada às 13h30
Source: Rural

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