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Entidades ligadas a diversos segmentos do agronegócio descartaram, pelo menos até o momento, efeitos negativos dos protestos de caminhoneiros sobre o transporta da produção. De acordo com o Ministério da Infraestrutura, manifestações ou bloqueios chegaram a ser registrados em 15 estados, mas rodovias vem sendo liberadas.

Agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuam para liberar rodovia, no Espírito Santo (Foto: Reprodução/Twitter/PRF)

 

Os caminhoneiros se manifestam desde a quarta-feira (8/9), em apoio ao presidente Jair Bolsonaro e com críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF). O próprio Bolsonaro chegou a enviar uma mensagem em áudio pelas redes sociais pedindo o desbloqueio de rodovias. Mesmo assim, durante a manhã desta quinta-feira (9/9), agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) atuavam para restabelecer o tráfego nos pontos interditados pelos motoristas.

Em um dos estados mais atingidos pelas manifestações, Santa Catarina, a Federação de Agricultura do Estado (Faesc) informou à Globo Rural que não há prejuízos para o setor produtivo, apesar do registro de 15 pontos de bloqueio em rodovias federais. De acordo com a entidade, os caminhoneiros têm sido "flexíveis", interrompendo o movimento por uma hora e liberando por outras duas.

Ainda conforme a Faesc, a maior preocupação é com o bloqueio na BR-476, em São Mateus do Sul. A rodovia dá acesso aos porto do Estado do Paraná. Nesse local, o bloqueio não tem sido tão flexível, com os motoristas de caminhão interrompendo o tráfego por períodos maiores.

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A Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) também negou a ocorrência de problemas no fluxo de grãos com destino ao mercado externo. A entidade informou que, de toda forma, qualquer paralisação é preocupantes, mas manifestou otimismo, dizendo acreditar em uma solução rápida para a situação.

Em Mato Grosso, segundo transportadores ouvidos pela Globo Rural, pontos de bloqueio nas estradas do Estado estão se desfazendo, em respeito ao pedido do presidente Jair Bolsonaro. Havia apreensão entre o setor produtivo com relação principalmente à chegada de sementes de soja nas fazendas, que não podem ficar muito tempo fora de ambiente climatizado. O plantio da nova safra em Mato Grosso está prestes a começar.

Globo Rural entrou em contato com a Portos do Paraná, responsável pela administração dos terminais de Paranaguá e Antonina, mas, até a conclusão desta reportagem, não houve resposta.

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Também procurada pela reportagem, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), que representa a indústria de aves e suínos, também negou problemas em função das manifestações dos caminhoneiros. De acordo com a entidade, a passagem de cargas perecíveis e de ração para os plantéis estão sendo liberadas.

Já a Associação Brasileira da Indústria Têxtil informou que seus associados estão enfrentando dificuldades para embarcar a produção. Mas associou a situação a uma espera por parte das transportadores de que a situação seja normalizada.
Source: Rural

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