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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o bloqueio das contas bancárias da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja-MT) e da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) até a próxima quarta-feira (8/9). E determinou que a Polícia Federal cumpra mandado de busca e apreensão nas sedes da entidade mato-grossense, em Cuiabá, e da associação nacional, em Brasília (DF). Moraes é o relator do inquérito aberto em 20 de agosto que investiga a organização e o suposto financiamento de manifestações antidemocráticas.

Sede da Aprosoja-MT, em Cuiabá (Foto: Reprodução/Website/Aprosoja-MT)

 

O ministro do STF, um dos alvos frequentes de críticas do presidente da Aprosoja Brasil e ex-presidente da Aprosoja-MT, Antonio Galvan, também determinou o rastreamento de valores acima de R$ 10 mil transferidos a partir das contas bancárias das duas associações para outras entidades ou terceiros, em quaisquer modalidades, desde o dia 10 do mês passado.

O bloqueio das contas atende a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR), que apura a suspeita de que recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab) de Mato Grosso e da Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal (Iagro) do Mato Grosso do Sul estariam sendo utilizados para financiar as manifestações previstas para esta terça-feira (7/9), de apoio ao presidente Jair Bolsonaro e de repúdio ao STF.

O inquérito, que antes incluía o nome de Galvan ao lado de mais outros oito suspeitos, entre eles o cantor Sérgio Reis, agora tramita em sigilo. Os policiais federais estiveram nas sedes das entidades nesta segunda-feira para cumprir a ordem de apreensão de documentos físicos e eletrônicos indicativos de associação entre os investigados, tais como agendas, pendrive, HD externo, notebook, HD CPU, smartphones, dentre outros.

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O texto cita até que os policiais deveriam tomar “as medidas necessárias para verificar a existência de eventuais cômodos secretos ou salas reservadas em quaisquer dos endereços diligenciados”. Não há informações sobre o que teria sido apreendido.

A Aprosoja Brasil afirmou, em nota, que "as contas da entidade seguem rigorosamente as regras e, desta forma, não foi e nem pode ser feita nenhuma movimentação irregular nas contas da entidade". Galvan já havia negado em entrevista coletiva que ele ou a entidade financiem os atos de protesto.

Também em nota, a Aprosoja-MT disse que a entidade e seus dirigentes jamais financiaram, apoiaram, ou convocaram a população para atos criminosos e violentos de protesto. “A entidade preza pelos preceitos legais e constitucionais, e já está disponibilizando toda documentação solicitada, pois é a principal interessada no esclarecimento dos fatos, já que nada tem a esconder da sociedade e principalmente dos seus associados".

Na semana passada, o vice-presidente da Aprosoja-MT, Lucas Costa Beber, declarou apoio da entidade ao ato do 7 de Setembro em Brasília que ele chama de “democrático e patriota”, mas afirmou que a  organização logística seria responsabilidade de cada associado, sem interferência ou custeio da entidade.
Source: Rural

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